Qui, 18 de Dezembro

Logo Folha de Pernambuco
Negócios

Ministério das Comunicações diz que vai avaliar decisão judicial sobre falência da Oi

Falência foi decretara hoje pela 7ª Vara Empresarial do Tribunal de Justiça do Rio de Janeiro

Oi - pasta afirmou estar empenhada em garantir a continuidade dos serviços prestados pela operadoraOi - pasta afirmou estar empenhada em garantir a continuidade dos serviços prestados pela operadora - Foto: Divulgação

O Ministério das Comunicações informou nesta segunda-feira que vai avaliar a decisão da Justiça do Rio de Janeiro que decretou a falência do Grupo Oi e os impactos que ela poderá ter sobre os serviços de telecomunicações no país.

Em nota, a pasta afirmou estar empenhada em garantir a continuidade dos serviços prestados pela operadora, “mesmo que eles venham a ser assumidos por outra empresa”.

O ministério destacou também que tem acompanhado de perto o processo de recuperação judicial da companhia e o cumprimento das obrigações firmadas pela Oi junto ao Poder Público.

A falência foi decretada pela 7ª Vara Empresarial do Tribunal de Justiça do Rio de Janeiro (TJ-RJ), após pedido do administrador judicial da companhia, o advogado Bruno Rezende, que também atuou no caso das Lojas Americanas.

Ao justificar a decisão, a juíza Simone Gastesi Chevrand afirmou que “a Oi é tecnicamente falida” e determinou a continuidade provisória das operações, sob administração judicial, até que seja definida uma nova estrutura de gestão.

A Oi mantém atualmente cerca de 4.600 contratos com órgãos públicos federais, estaduais e municipais, incluindo ministérios, universidades, estatais e instituições que dependem de seus serviços de telecomunicações. A empresa também é responsável por serviços considerados críticos, como as linhas de emergência — polícia, bombeiros e defesa civil — e a conexão de 1.300 loterias da Caixa Econômica Federal.

Veja o que está em discussão: Lula assina nesta terça decreto que muda regras para vale-refeição e vale-alimentação

Presente em mais de 7.500 localidades, a Oi é, em muitos casos, a única operadora de telefonia em funcionamento, com obrigações firmadas com a Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel) para garantir a continuidade do serviço de voz.

A companhia também fornece soluções de cibersegurança, computação em nuvem e internet das coisas (IoT) a órgãos públicos, por meio de subsidiárias e empresas parceiras.

A Justiça determinou que a fase atual seja de transição integral e programada das atividades, para evitar a interrupção de serviços essenciais. Um exemplo é o caso do Centro Integrado de Defesa Aérea e Controle de Tráfego Aéreo (Cindacta), cuja conectividade começou a ser transferida para a operadora Claro, em processo que deve se estender por vários meses.

Light tem concessão renovada por 30 anos: empresa tem condições de melhorar distribuição de energia no Rio?

A juíza ressaltou a complexidade da operação, que exigiu “interface com mais de 100 autoridades civis e militares”, ilustrando o desafio que será substituir a Oi em contratos estratégicos.

Veja também

Newsletter