Sex, 05 de Dezembro

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VIA DIPLOMÁTICA

Motta diz que governo dos EUA precisa voltar à "realidade"

Presidente da Câmara declarou que governo americano "só escuta um lado"

Hugo Motta, presidente da Câmara dos Deputados do BrasilHugo Motta, presidente da Câmara dos Deputados do Brasil - Foto: Marina Ramos/Câmara dos Deputados

O presidente da Câmara dos Deputados, Hugo Motta, afirmou nesta quarta-feira que espera que o governo americano volte para “realidade” e que o tarifaço imposto sobre produtos brasileiros seja negociado por diplomacia entre os dois países.

Ao ser questionado sobre a dificuldade de negociação do governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva com o governo do presidente Donald Trump, Motta disse que é preciso tratar o tema com responsabilidade.

— Eu defendo que isso possa ser tratado com responsabilidade, diplomacia, temos grandes quadros na área de comércio exterior, relações diplomáticas, Itamaraty com pessoas capacitadas e eu espero que essa intransigência política possa ser ultrapassada e o governo americano possa voltar um pouco mais para normalidade, que é o melhor para os dois países — declarou o presidente da Câmara.

Segundo Motta, o governo americano não tem demonstrado interesse de abrir diálogo sobre o tema com o Brasil.

— É muito ruim porque se você só escuta um lado, você tem uma grande probabilidade de agir de acordo só com aquelas informações, eu penso que o que está chegando no governo americano é apenas um lado.

A declaração foi dada durante o Agenda Brasil, evento organizado por O Globo, rádio CBN e Valor Econômico, em Brasília.

O evento tem como intuito apreciar a proposta de Reforma Administrativa, que será apresentada ao Congresso nas próximas semanas, segundo o relator, deputado Pedro Paulo (PSD-RJ).O presidente da Câmara, Hugo Motta (Republicanos-PB), afirma que a pauta é prioritária e prevê votação já em setembro.

O encontro, em sua segunda edição, reúne nesta manhã o relator Pedro Paulo e a ministra da Gestão e Inovação em Serviços Públicos, Esther Dweck, entre outros especialistas, com abertura do presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), Luís Roberto Barroso.

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