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Inovação

Pernambuco vai ganhar o Senai Park em outubro

Parque tecnológico, no Complexo Industrial Portuário de Suape, foi concebido para acelerar projetos de descarbonização e impulsionar o desenvolvimento sustentável

"Se não estivermos unidos como presidentes de federações, acabamos sendo engolidos", afirmou Bruno Veloso"Se não estivermos unidos como presidentes de federações, acabamos sendo engolidos", afirmou Bruno Veloso - Foto: Rafael Melo/Folha de Pernambuco

O presidente da Federação das Indústrias do Estado de Pernambuco (Fiepe), Bruno Veloso, visitou a Folha de Pernambuco na sexta-feira. O motivo do encontro foi para convidar a diretoria jornal para o lançamento do Senai Park, o parque de inovação e tecnologia que será inaugurado no dia 20 de outubro pelo Serviço Nacional de Aprendizagem Industrial de Pernambuco (Senai-PE). Durante a visita, ele também conversou sobre os impactos da reforma tributária no cenário econômico e industrial do Nordeste, sobretudo, em Pernambuco.

Veloso foi recebido pelo diretor-executivo da Folha de Pernambuco, Paulo Pugliesi; pelo diretor-operacional, José Américo Lopes Góis; pela a gerente de mercado, Tânia Campos; pela editora-chefe, Leusa Santos; e pelo radialista Tarcísio Regueira (Bocão). O coordenador de comunicação da Fiepe, Guilherme Faria, também acompanhou a visita.

Localizado no Complexo Industrial Portuário de Suape, em Ipojuca, na Região Metropolitana do Recife (RMR), o Senai Park será o pioneiro em Pernambuco. O parque tecnológico foi concebido como uma estrutura voltada para acelerar projetos de descarbonização e impulsionar o desenvolvimento sustentável.

O presidente da Federação das Indústrias do Estado de Pernambuco (Fiepe), Bruno Veloso, em visita à diretoria da Folha de PernambucoNa visita que fez à Folha de Pernambuco, o presidente da Fiepe, Bruno Veloso, adiantou alguns detalhes sobre o empreendimento, pioneiro em Pernambuco | Foto: Rafael Melo/Folha de Pernambuco

Tecnologia
“Estamos criando lá um centro de tecnologia em Suape que visa trazer tecnologia para as indústrias. O Senai tem esse papel. A gente faz um trabalho grande com todas as empresas. Visita, identifica alguns problemas que possam ter na produção, estimula fazer investimento em tecnologia, em utilização de alguns softwares e equipamentos para controle de produção”, explicou Bruno Veloso.

Atualmente, dois grandes projetos estão em execução, reunindo 14 companhias. O primeiro é voltado para a digitalização da cadeia de produção do hidrogênio sustentável, com a participação de grandes empresas.

Para Bruno Veloso, o parque tecnológico é moderno e de Primeiro Mundo. 

“Agora, a gente produz hidrogênio, que é uma fonte de energia. Ele pode ser transformado em várias coisas. Uma vez com o hidrogênio armazenado, você pode abastecer um automóvel elétrico, pode transformar em energia dentro da própria indústria”, reforçou.

O segundo projeto diz respeito à produção de um protótipo nacional de bateria de lítio de baixa tensão para veículos híbridos. “Projeto de altíssima tecnologia, que não tem no Brasil”, destacou Bruno.

Juntas, as iniciativas já somam investimentos de R$ 100 milhões, com a expectativa de captar outros R$ 200 milhões nos próximos anos.

O presidente explicou que também participa do Nordeste Forte, a união dos presidentes das federações de indústrias da região. O grupo, que funciona dentro da Confederação Nacional da Indústria (CNI), tem como finalidade discutir temas de interesse comum aos estados nordestinos.

Segundo ele, a iniciativa é fundamental para fortalecer a representatividade regional. “Se não estivermos unidos como presidentes de federações, acabamos sendo engolidos.”

Reforma 
Veloso trouxe algumas preocupações com a reforma tributária que vem sendo implementada no Brasil e o fim dos incentivos fiscais. Segundo ele, historicamente, os incentivos tinham o objetivo de atrair investimentos ao Nordeste, região que não era industrializada, gerando emprego e renda. Outro ponto discutido foi a adoção da tributação no destino, que significa que os tributos serão recolhidos no local onde o produto ou serviço é usado ou consumido. 

Questionou ainda qual seria o atrativo para investidores instalarem fábricas em Pernambuco.

“Você imagina, como investidor, querendo colocar uma indústria, qual o motivo que vai lhe atrair aqui? Depende do tamanho da empresa e do que vai produzir. Se for para o mercado interno, é preciso avaliar: qual é a distância que o seu produto alcança?”, explicou.

Os questionamentos, segundo Veloso, estão sendo apresentados aos deputados estaduais e também serão levados ao governo e à sua equipe, e, mais adiante, aos deputados federais, com o intuito de que sejam debatidos e viabilizados da melhor forma no Congresso.

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