Pesquisadores se reúnem para propor soluções para a sustentabilidade hídrica em Pernambuco
Cada projeto terá a chance de receber apoio institucional de até R$1 milhão para a execução
A Secretaria estadual de Ciência, Tecnologia e Inovação (Secti-PE) promoveu nesta quarta-feira (19) um encontro para debater soluções direcionadas à sustentabilidade hídrica no estado. O auditório da Secretaria recebeu pela manhã pesquisadores de Instituições de Ciência e Tecnologia do Estado com o objetivo de desenvolver propostas com apoio institucional.
O evento, que também foi aberto para a comunidade científica, integra o “Desafios Day” promovido pela Usina Pernambucana de Inovação dentro do programa Cientista Arretado. Cada projeto selecionado poderá receber até R$1 milhão para execução.
“A ideia é atrair a comunidade acadêmica para cocriar soluções tecnológicas para temas urgentes e de impacto direto na vida das pessoas”, explicou Marcelo Nazário, gerente da Usina Pernambucana de Inovação.
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A discussão, em parceria com a Compesa, focou nos seguintes temas: supressão da evaporação em reservatórios e gestão de resíduos em Estações de Tratamento. Representando a Compesa, o gerente de Inovação e Inteligência Operacional, Andrei Dorta, detalhou os desafios técnicos enfrentados no semiárido pernambucano
“O que a gente espera da academia é que desenvolvam tecnologias inovadoras, capazes de evitar a perda de água por evaporação nos nossos reservatórios. Claro que isso precisa ser feito com atenção ao meio ambiente, respeitando o bioma, evitando a proliferação de bactérias e garantindo a oxigenação da água”, destacou. Segundo Dorta, além de conservar recursos hídricos, as soluções podem também reduzir o uso de produtos químicos no tratamento da água.
Outro tema prioritário foi a gestão dos resíduos gerados nas estações de tratamento com foco na economia circular.
“Estamos falando do lodo gerado no processo de purificação da água. Nosso desafio é encontrar parceiros que desenvolvam soluções sustentáveis, escaláveis e inovadoras, capazes de transformar esse resíduo em novos produtos, respeitando a Política Nacional de Resíduos Sólidos”, explicou Milly Oliveira Miranda, analista de Inovação e Inteligência da Compesa.

