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Planalto reavalia pronunciamento de Lula diante da tensão do início do tarifaço

Comunicado ficou para depois ao mesmo tempo que governo busca não estimular a tensão após a prisão domiciliar do ex-presidente

Pronunciamento de Lula ficou para depois, ao mesmo tempo que governo busca não estimular a tensão após a prisão domiciliar do ex-presidente Jair BolsonaroPronunciamento de Lula ficou para depois, ao mesmo tempo que governo busca não estimular a tensão após a prisão domiciliar do ex-presidente Jair Bolsonaro - Foto: Reprodução

O Palácio do Planalto reavalia a ideia de um pronunciamento em cadeia de rádio e televisão do presidente Luiz Inácio Lula da Silva para rebater as tarifas aos produtos brasileiros e as sanções impostas pelos Estados Unidos contra o ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF).

De acordo com auxiliares, o adiamento ocorreu pela decisão do Planalto de conciliar o comunicado com o anúncio das medidas do governo de mitigação à sobretaxa americana.

O pronunciamento ficou para depois, ao mesmo tempo que governo busca não estimular a tensão após a prisão domiciliar do ex-presidente Jair Bolsonaro determinada pelo ministro Alexandre de Moraes na segunda-feira. Antes da prisão, havia possibilidade de Lula gravar sua fala entre terça e quarta-feira.

Agora, o Planalto descarta a chance de comunicado nesta semana.

Ministros e o presidente evitaram comentar por entender que o assunto não é pauta do governo.

Na reunião do Conselhão nesta quarta-feira, Lula afirmou que iria ler o discurso para "medir cada palavra". Na sequência, porém, fez uma menção indireta a prisão domiciliar, sem citar o nome de Bolsonaro:

— Hoje, pela seriedade do momento político que nós estamos vivendo, eu resolvi fazer um discurso lido para medir cada palavra — disse — Não quero falar do aconteceu hoje com outro cidadão brasileiro que tentou dar um golpe — afirmou.

Inicialmente, o foco inicial principal do discurso seria o enquadramento de Moraes na Lei Magnitsky e o reforço do discurso de soberania, com o diagnóstico de que o tema trouxe ganhos políticos até agora.

As sanções contra Moraes provocaram indignação no governo. Lula classificou a iniciativa do governo Donald Trump como “inaceitável”. Na quinta-feira, o presidente convidou ministros do STF para um jantar de solidariedade no Palácio da Alvorada.

No dia 17 de julho, oito dias depois de Trump anunciar a adoção de tarifas para produtos brasileiros, Lula fez um pronunciamento com foco na defesa da soberania nacional e da economia. A mensagem foi bem avaliada pelo governo.

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