Wall Street fecha sem entusiasmo diante das ameaças comerciais de Trump
Presidente americano adiou para 1º de agosto a entrada em vigor das tarifas previstas para 9 de julho.
A Bolsa de Valores de Nova York fechou em leve baixa nesta terça-feira (8), influenciada pelas declarações do presidente americano Donald Trump sobre as tarifas, mas sem uma reação desmesurada por parte dos investidores.
O índice principal Dow Jones caiu 0,37%, enquanto o tecnológico Nasdaq (+0,03%) e o ampliado S&P 500 (-0,07%) fecharam praticamente estáveis.
Leia também
• EUA: DoE eleva previsão para petróleo Brent a US$ 69 este ano
• Trump: países do Brics vão 'pagar' por tentar destruir o dólar
• Ouro fecha em queda moderada após atenuar perdas com tom mais duro de Trump sobre tarifa
"A piora recente das tensões comerciais está freando o apetite de Wall Street pelo risco", resumiu José Torres, da Interactive Brokers, em nota.
Na segunda-feira, Trump adiou para 1º de agosto a entrada em vigor das tarifas previstas para 9 de julho.
Quatorze países já vislumbram seu futuro, com encargos que vão de 25% (Japão, Coreia do Sul e Tunísia) a 40% (Laos e Mianmar), passando por 36% (Camboja e Tailândia).
O mercado segue "atento" e não quer "reagir de forma exagerada", disse à AFP Victoria Fernandez, da Crossmark Global Investments.
Os investidores já "conhecem melhor o estilo negociador" de Trump e "vão esperar mais detalhes antes de tirar conclusões", acrescentou a analista.
Trump afirmou que 1º de agosto é a data limite para que entrem em vigor as tarifas mais altas e ameaçou com mais sobretaxas: de 50% às importações de cobre e de em torno de 200% para os produtos farmacêuticos.

