Com expulsão relâmpago, Botafogo supera desvantagem, vence Atlético-MG e é campeão da Libertadores
Gols da partida foram marcados por Luis Henrique, Alex Telles e Júnior Santos, para o Botafogo, e Vargas, para o Galo
Para ficar na história! O dia 30 de novembro de 2024 consagrou o Botafogo como campeão inédito da Libertadores. A conquista veio com uma vitória épica por 3 a 1, em cima do Atlético-MG, no Monumental de Nuñez.
Mesmo com um jogador a menos desde os 40 segundos do primeiro tempo, o Glorioso conseguiu superar a desvantagem numérica e conquistar o troféu inédito.
Os gols da partida foram marcados por Luis Henrique, Alex Telles e Júnior Santos, para o Botafogo. Do lado do Galo, Vargas foi autor do tento atleticano.
ÉÉÉÉÉÉÉ CAMPEÃOOOOOO! A LIBERTADORES É DO BOTAFOGO!
— Botafogo F.R. (@Botafogo) November 30, 2024
FORJADOS NA CORAGEM DE QUEM QUER SER CAMPEÃO, JOGANDO COM UM A MENOS, BOTAFOGO SUPERA O ATLÉTICO MINEIRO POR 3 A 1 NA FINAL DA CONMEBOL LIBERTADORES! #TempoDeBotafogo pic.twitter.com/Y3oqzjDYrj
Com o título, o Botafogo se tornou o 27º campeão da Libertadores em 65 edições do torneio. A equipe também conquistou o 24º troféu da competição para o Brasil, que agora está apenas a um título da Argentina, país com mais conquistas do torneio continental.
O título representa uma conquista histórica para o Rio de Janeiro. Pela primeira vez na história, três equipes da mesma cidade - Flamengo; em 2022; Fluminense, em 2023; e Botafogo, em 2024 - vencem o torneio de forma consecutiva.
O troféu agora garante o Glorioso com a última vaga do Mundial de Clubes 2025.
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O jogo
Expulsão relâmpago! Foi assim que começou a final entre Atlético-MG e Botafogo. Com 40 segundos de jogo, em disputa de bola, Gregore levantou demais o pé e acertou o rosto de Fausto Vera. O lance resultou em sangramento do atleticano, e o árbitro, sem a necessidade de acionar o VAR, aplicou o cartão vermelho mais rápido da história em uma final de Libertadores.
Perder um jogador, ainda mais de marcação, é motivo de preocupação para qualquer treinador. Mas não para Artur Jorge, técnico do Botafogo. O portugês decidiu manter o esquema inicial e não realizou nenhuma substituição após a expulsão.
O resultado da estratégia era arriscado, porém se mostrou efetivo. Apenas aos oito minutos, a primeira finalização do Galo. Hulk arriscou de fora da área e obrigou John a espalmar, fazendo boa defesa.
O duelo entre Hulk e John voltou a se repetir dois minutos depois. Em nova finalização, o atacante do Galo parou novamente no arqueiro do Alvinegro Carioca, que segurou firme o chute.
Somente aos 16 a primeira finalização do Botafogo. Igor Jesus tocou de cabeça para Savarino que finalizou por cima do gol de Everson.
O tempo se passava e o Atlético até tinha um leve controle do jogo, porém, mesmo com um a menos, não conseguia superar a defesa do Botafogo.
Reviravolta
Aos 35, pela primeira vez na partida, o Botafogo conseguiu atacar com todos os jogadores no campo de ataque.
Almada começou criando a jogada na esquerda e acionou Luis Henrique. O ponta fez boa jogada individual e tocou para Marlon, na entrada da área. O meia arriscou, a bola rebateu na defesa do Atlético e sobrou para Luis Henrique, que finalizou cruzado para abrir o marcador.
Cinco minutos depois, Everson chegou atrasado para a bola e derrubou Luis Henrique dentro da área. O lance seguiu e, após a bola sair, o árbitro foi chamado para revisar o lance e marcou pênalti para o Botafogo.
Na cobrança, Alex Telles bateu e converteu o lance para a loucura dos torcedores do Glorioso.
Segundo tempo
Se o primeiro tempo começou com uma lance crucial, o segundo não foi diferente. No primeiro minuto, Hulk cobrou escanteio e Vargas, que havia entrado após o intervalo, apareceu livre de marcação para marcar de cabeça e diminuir o marcador. 2x1 e uma esperança atleticana resssurgia no jogo.
A partir daí, só deu Atlético na partida. Aos cinco minutos, fez boa jogada individual pela direita, driblou a marcação e arriscou para fora. Dois minutos depois foi a vez de Deyverson aproveitar um cruzamento e cabecear de peixinho para fora.
Aos cinco, Hulk fez jogada individual pela direita, driblou a marcação e arriscou para fora. Aos sete, Hulk cruzou a bola e Deyverson arriscou de peixinho para fora.
O cenário era outro, de pressão, o que obrigou Artur Jorge a sacar Savarino e colocar Danilo Barbosa, um meia mais defensivo, para tentar conter o ímpeto do Galo.
A pressão do Altético seguiu e o Galo voltou a ter uma chance novamente aos 38 minutos. Guilherme Arana conduziu a bola da esquerda para o meio e arriscou com a perna direita por cima do gol.
Dois minutos depois, Mariano fez um passe longo espetacular e colocou Vargas na cara do gol. O chileno, entretanto, desperdiçou a oportunidade, finalizando por cima do gol.
Aos 43 minutos, Vargas novamente teve a bola do jogo. Após lambança de Adryelson, recuando mal de cabeça para trás, a bola sobrou para o atleticano, que deu um toque por cobertura por cima do gol.
E como bem diz o ditado: quem não faz, leva. No último minuto da partida, Júnior Santos fez bela jogada na direita e tocou para a entrada da área. A bola voltou para ele que, com o gol aberto, marcou o gol do título do Glorioso.
Ficha técnica
Atlético-MG 1
Éverson; Lyanco (Mariano), Battaglia e Alonso; Scarpa (Vargas), Fausto Vera (Bernard), Alan Franco e Guilherme Arana; Hulk, Deyverson (Alan Kardec) e Paulinho. Técnico: Gabriel Milito
Botafogo 3
John; Vitinho, Adryelson, Barboza e Alex Telles (Fernando Marçal); Marlon Freitas, Gregory, Luis Henrique (Matheus Martins), Savarino (Danilo Barbosa) e Almada (Júnior Santos); Igor Jesus. Técnico: Artur Jorge.
Local: Monumental de Nuñez (Buenos Aires-ARG)
Árbitro: Facundo Tello (ARG)
Assistentes: Ezequiel Brailovsky e Gabriel Chade (Ambos da Argentina)
VAR: Mauro Vigliano (ARG)
Gols: Luis Henrique (aos 35 do 1ºT), Alex Telles (Aos 44 do 1ºT) e Vargas (Aos 1 do 2ºT)
Cartões amarelos: Battaglia, Lyanco, Fausto Vera e Hulk (Atlético-MG); Alex Telles e Almada (Botafogo)
Cartão vermelho: Gregory (Botafogo)