Sáb, 06 de Dezembro

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Chefe de missão em Los Angeles 2028, Yane Marques vê "momento certo" para voos maiores no COB

Pernambucana e medalhista olímpica nos Jogos de Londres 2012 assumiu a vice-presidência do Comitê Olímpico Brasileiro

Yane Marques, nova vice-presidente do COBYane Marques, nova vice-presidente do COB - Foto: Andre Durão/ COB

O pentatlo moderno exige ao atleta ter capacidade de competir em cinco modalidades: hipismo, esgrima, natação, tiro esportivo e corrida. Quanto mais multitarefas, melhor. Saber dosar as energias e encontrar a melhor tática para extrair o máximo em contextos diferentes.

Em entrevista exclusiva à Folha de Pernambuco, a pentatleta pernambucana Yane Marques, medalhista olímpica nos Jogos de Londres 2012, mostrou que sabe bem definir o momento certo de cada novo desafio.

 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 

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Antes, como esportista. Agora, como gestora, sendo a nova vice-presidente do Comitê Olímpico Brasileiro (COB) - primeira mulher no cargo. Será também a chefe de missão nos Jogos de Los Angeles 2028.

Tudo isso, diga-se, fruto de um “polivalência” para fazer o País se familiarizar ainda mais com o esporte olímpico.

Preparação mental
"Trabalhar com expectativas é sempre delicado. Se você vai competir, as pessoas também esperam muito de você. Para competir bem tem de treinar bem. Isso eu levo para a vida. Já fui provocada para ser vice-presidente do COB há quatro anos, mas não topei porque eu achava que não era o momento. Os anos se passaram, assumi a presidência da Comissão de Atletas, passei pela União Internacional de Pentatlo Moderno, além de quatro anos na gestão pública no Recife. Fiz uma reflexão e entendi que agora era o momento”, afirmou.

“Eu faço terapia pelo menos uma vez a cada 15 dias porque busco essa organização de pensamento, sabendo lidar com os riscos e buscando encontrar caminhos para solucionar potenciais problemas. Antes eu era a 'Yane atleta", depois a 'Yane mãe' e agora a 'Yane gestora'. Por isso é importante ter uma preparação mental", completou.

Ao lado de Marco La Porta, eleito para a presidência do COB, Yane projeta fazer o Comitê Olímpico se tornar ainda mais popular entre os amantes do esporte.

"As pessoas precisam ouvir a sigla COB e se sentir parte da entidade que cuida do esporte olímpico. Pensar nos atletas que estão competindo, que nos inspiram. Nosso trabalho será sério, com uma equipe gigante, com muitos colaboradores preparados. Estou com a missão de fazer isso funcionar para colher os frutos. Terei um escritório no Recife para quem for nos visitar lá ter uma base de apoio. As portas estarão abertas para todos. Eu quero um COB com pluralidade. Chegar em qualquer lugar do Brasil e, quando falar 'COB', não ter de explicar o significado. Quero que seja algo familiar para todos", pontuou.

Chefe de missão
A pernambucana também explicou qual será o trabalho na prática que ela terá durante os Jogos de Los Angeles como chefe de missão.

“Serei a pessoa responsável por toda a delegação do País no evento, no pré e durante a competição. Estarei lá à disposição para dar esse suporte. Antes disso, teremos os Jogos Sul-Americanos e Jogos Pan-Americanos que vão me preparar para chegar bem nas Olimpíadas”, disse. 

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