Seg, 15 de Dezembro

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City tentou Messi "por engano" em 2008, revela ex-auxiliar: "Oferta de 30 milhões apareceu do nada"

Antes da era bilionária do Sheikh Mansour, clube inglês lançou propostas aleatórias na Europa

Messi em ação pelo Inter MiamiMessi em ação pelo Inter Miami - Foto: Reprodução/@intermiamicf

O Manchester City sempre tratou Lionel Messi como um alvo fora da realidade. Mas, às vésperas da virada que transformaria o clube em uma potência financeira, uma proposta inesperada pelo argentino chegou a ser feita — e se tornou público de maneira igualmente improvável. A revelação foi feita por Mark Bowen, ex-auxiliar de Mark Hughes, em entrevista ao podcast Business of Sport.

Segundo Bowen, no último dia da janela de transferências de 2008, o então diretor executivo Gary Cook informara que os proprietários do clube, ainda sob o comando de Thaksin Shinawatra, queriam movimentar o mercado. A orientação era simples: apresentar ofertas de 30 milhões de euros por diversos jogadores de renome na Europa.

— Chegamos a enviar propostas de 30 milhões por Berbatov, por Robinho, por Ribéry… Eles estavam apenas lançando ofertas a clubes de toda a Europa para ver quem morderia a isca — contou Bowen, segundo o jornal espanhol As. A operação, marcada por improviso e pressa, resultou na chegada de Robinho, contratado do Real Madrid na primeira grande movimentação da nova fase do City.

 

O ex-auxiliar, no entanto, afirma que a ofensiva produziu um efeito colateral inusitado. Durante um evento em Londres, o presidente do Barcelona anunciou publicamente que o City havia apresentado uma proposta ao clube por Lionel Messi, então com 21 anos e recém-vice-campeão da Bola de Ouro, atrás de Cristiano Ronaldo.

— Ele pensou: então alguém fez uma proposta pelo Messi. E respondeu imediatamente: ‘Quem você pensa que é? Por favor, se aposente! — relatou Bowen, descrevendo a reação indignada da diretoria catalã.

À época, Messi já era considerado um dos jogadores mais promissores do planeta. Uma oferta de 30 milhões, mesmo em um mercado menos inflacionado, era insuficiente para provocar qualquer negociação — e acabou se tornando motivo de surpresa até dentro do próprio City, que jamais havia planejado tentar o argentino.

Naquele verão, o clube iniciava sua primeira grande fase de investimentos, marcada por chegadas como a de Vincent Kompany, que se tornaria um dos pilares da reconstrução. A proposta acidental por Messi, se levada adiante, poderia ter redefinido não apenas o futuro do City, mas também o curso do futebol europeu.

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