Sáb, 06 de Dezembro

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Investigação

Inspetoria de polícia da França investiga cinco policiais que receberam R$ 1 milhão de Mbappé

Equipe do jogador afirma que doação foi feita 'dentro das regras', como gesto de gratidão por segurança da seleção francesa

O atacante francês Kylian Mbappé O atacante francês Kylian Mbappé  - Foto: Franck Fife/ AFP

A Inspetoria Geral da Polícia Nacional (IGPN) da França abriu uma investigação administrativa contra cinco policiais da Compagnies Républicaines de Sécurité (CRS, espécie de Batalhão de Choque francês) que receberam um total de 180.300 euros (R$ 1,1 milhão, na cotação atual) de uma conta em nome do astro do Real Madrid e da seleção nacional Kylian Mbappé.

As informações foram reveladas pelo jornal Le Canard Enchaîné e repercutidas por L'Équipe. Segundo a imprensa francesa, os policiais-alvo da apuração foram responsáveis pela proteção da seleção francesa em anos passados.

Um documento assinado pelo Tracfin (serviço de inteligência francês responsável pelo combate à lavagem de dinheiro, financiamento do terrorismo e fraude fiscal) apontou que quatro deles receberam um cheque de 30 mil euros, cada, emitido em 19 de junho de 2023, de uma conta bancária registrada em Mônaco em nome de Kylian Mbappé. O chefe dos agentes, por sua vez, ganhou 60,3 mil euros.

Após a reportagem do Canard Enchaîné, a equipe do jogador destacou que tudo foi conduzido de acordo com a legislação nacional. Mbappé afirmou que o pagamento fazia parte dos bônus da Copa do Mundo de 2022, que, segundo ele, foram repartidos com a associação Premiers de Cordée e oito agentes de segurança da seleção.

"Todos os membros da equipe receberam seus bônus pós-Copa do Mundo [do Catar], exceto eles [os policiais de choque]", afirmou a equipe.

"Esta doação foi feita com espírito de justiça e reconhecimento do trabalho realizado, sem qualquer compensação".

Segundo a entourage do jogador, o objetivo era expressar gratidão aos que trabalharam nos bastidores, com lealdade e comprometimento.

"Este vínculo de confiança entre jogadores e seguranças merece ser reconhecido, não desvalorizado", diz a nota.

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