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Moraes rejeita pedido de prisão domiciliar "humanitária" e de novas visitas a Bolsonaro

Decisão ocorre após detenção preventiva na manhã deste sábado

Ministro Alexandre de MoraesMinistro Alexandre de Moraes - Foto: Marcelo Camargo/Agência Brasil

O ministro do Supremo Tribunal Federal, Alexandre de Moraes, rejeitou o pedido da defesa do ex-presidente Jair Bolsonaro de prisão domiciliar "humanitária" após ter decretado detenção preventiva na manhã deste sábado. Moraes também rejeitou os pedidos realizados nesta sexta-feira de novas visitas a Bolsonaro.

O ex-presidente foi preso preventivamente na manhã deste sábado pela Polícia Federal. Na decisão, Moraes considerou que havia risco de fuga e não existiam mais condições para manter a prisão domiciliar.

"Diante da decretação da prisão preventiva do réu JAIR MESSIAS BOLSONARO, nos termos do art. 21, IX, do Regimento Interno do SUPREMO TRIBUNAL FEDERAL, JULGO PREJUDICADOS os pedidos de concessão de prisão domiciliar humanitária e autorização de visitas formulados em 21/11/2025", disse Moraes.

No pedido de prisão domiciliar "humanitária", a defesa do ex-presidente anexou diversos laudos médicos identificando problemas de saúde do ex-presidente, que incluem um câncer de pele, infecção pulmonar, esofagite, gastrite e complicações da facada que ele recebeu em 2018, durante a campanha eleitoral.

"Revela-se fundamental a necessidade de infraestrutura adequada para a administração de medicamentos e realização de consultas e avaliações médicas regulares, inclusive em caráter de emergência", argumentam os advogados. A defesa citou prisões domiciliar humanitárias concedidas por Moraes, como a do ex-presidente Fernando Collor, em maio deste ano.

Visitas
Na decisão, Moraes também rejeitou o pedido de novas visitas a Bolsonaro, que até o início da manhã deste sábado estava em prisão domiciliar.

Dentre os pedidos feitos nesta sexta, estavam o do ex-ministro de Bolsonaro Onyx Lorenzoni e do candidato à presidência em 2022 Padre Kelman, além da deputada federal Bia Kicis (PL-DF) e do senador Carlos Portinho (PL-RJ).

Mais cedo, ao decretar a prisão preventiva, o magistrado já havia cancelado todas as autorizações de visita anteriormente deferidas.

Nesse caso, essa decisão afetou os encontros dos governadores Tarcísio de Freitas , de São Paulo, Cláudio Castro, do Rio de Janeiro, e Ronaldo Caiado, de Goiás.

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