Bebê reborn: algumas mulheres são apenas colecionadoras e recebem cobranças, diz psicanalista
Para a especialista, o caso só se transforma em problema de saúde mental "quando a pessoa vive em função da boneca"
Os bebês reborn, bonecos realistas criados para se parecer com recém-nascidos, viraram alvos de engajamentos e discussões nas redes sociais nas últimas semanas. Confeccionados artesanalmente com materiais como vinil ou silicone e aplicações de pintura e de cabelo, além de detalhes que simulam a pele humana, eles já são confundidos com bebês de verdade e despertaram o "tribunal" de usuários das plataformas digitais, com julgamentos principalmente de mulheres que os carregam no colo.
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Em entrevista à Rádio Eldorado, a psicanalista da infância e adolescência Carolina Delboni, que também é educadora, apontou que, na maioria dos casos, essas mulheres são apenas colecionadoras e acabam sendo cobradas em razão do entendimento da sociedade de que o papel que lhes cabe é o da maternidade. Segundo ela, não há estranhamento quando os homens colecionam objetos. Para a especialista, o caso só se transforma em problema de saúde mental "quando a pessoa vive em função da boneca".

