Sáb, 06 de Dezembro

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EX-PRESIDENTE

Bolsonaro revela usar chip hormonal para melhorar desempenho sexual; entenda como funciona

Implantes podem ser usados para tratamentos médicos, como na reposição hormonal

 O ex-presidente brasileiro Jair Bolsonaro O ex-presidente brasileiro Jair Bolsonaro - Foto: Nelson Almeida / AFP

O ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), de 69 anos, revelou utilizar um chip hormonal para melhorar o desempenho no sexo em entrevista à Leo Dias TV nesta terça-feira. Após ser questionado sobre sua vida sexual, o ex-mandatário disse estar “10”, ao que o jornalista perguntou se ele fazia uso de tadalafila, medicamento usado para tratar disfunção erétil.

— Tadalafila já era, agora é chip, já ouviu falar? (...) Coloquei, qual o problema? (...) Me sinto com 40 anos de idade. (...) Você com a idade vai chegando, vai tendo problemas — respondeu Bolsonaro.

O ex-presidente afirmou ainda que o implante “mudou” sua vida, que ele foi inserido sob a pele na região final da coluna e que dura cerca de seis meses. Os itens, conhecidos como “chips”, têm se popularizado e chamado a atenção de sociedades médicas e da Anvisa.

 

Os implantes são uma modalidade de terapias com hormônios – que também podem ser feitas de forma oral, com injeção, geis tópicos, entre outras vias de aplicação. No caso dos “chips”, eles são inseridos sob a pele e liberam aos poucos a substância ao longo do tempo, muitas vezes por meses ou até anos, o que os tornam mais práticos e ganham apelo entre determinados públicos.

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A maior parte dos que circulam hoje no Brasil são feitos em farmácias de manipulação – o único aprovado como medicamento de fato é o Implanon, usado como anticoncepcional. Os manipulados, porém, têm chamado atenção, especialmente aqueles conhecidos como “chip da beleza”, por prometerem diversos efeitos, como ganho de massa muscular e performance.

Entre os hormônios geralmente utilizados para essas finalidades estão a testosterona, a gestrinona, a oxandrolona, a nandrolona e outros com efeito androgênico que os colocam na categoria de esteroides anabolizantes.

No entanto, no ano passado, após um apelo das principais sociedades médicas do país, a Anvisa proibiu implantes hormonais com finalidades estéticas, para desempenho esportivo e ganho de massa muscular, mantendo liberados apenas para tratamentos médicos, como casos de reposição hormonal.

Na situação de Bolsonaro, o ex-presidente não especificou se o implante seria para reposição hormonal de testosterona. Porém, o hormônio de fato pode diminuir em homens com a sua idade e afetar o desempenho sexual.

O uso, porém, demanda um acompanhamento médico de perto, já que a terapia hormonal pode elevar riscos como de problemas cardíacos, psiquiátricos, hepáticos e renais.

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