Bombardeios de paramilitares deixam 13 mortos, incluindo crianças, no Sudão
O conflito já provocou uma das piores crises alimentares do mundo
Treze pessoas, incluindo três crianças, morreram nesta sexta-feira (27) em bombardeios de paramilitares contra a cidade assediada de El Fasher, no oeste do Sudão, informou à AFP uma fonte médica sob condição de anonimato.
O Sudão é palco há dois anos de uma guerra civil entre as forças do chefe do Exército, Abdel Fattah al Burhan, e as de seu antigo imediato Mohamed Hamdan Daglo, que lidera as Forças de Apoio Rápido (FAR), um grupo paramilitar.
O conflito já deixou dezenas de milhares de mortos, obrigou 13 milhões de sudaneses a deixarem suas casas e provocou uma das piores crises alimentares do mundo.
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As FAR assediam El Fasher, capital do estado de Darfur do Norte, desde maio de 2023 e lançaram vários ataques com o objetivo de se apoderarem desta cidade de quase um milhão de habitantes.
Há semanas a ONU adverte sobre a situação catastrófica dos civis bloqueados nessa localidade, onde a fome obriga seus habitantes a comer folhas e cascas de amendoim.
As FAR conquistaram grande parte da região de Darfur nos primeiros meses de guerra, mas não conseguem tomar El Fasher apesar de mais de um ano de assédio.
Mais de um milhão pessoas estão à beira da fome em Darfur do Norte, segundo a ONU.

