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INDEPENDÊNCIA DO BRASIL

Desfile 7 de Setembro no Recife: tradição reforça orgulho, amor à Pátria e luta por independência

Evento marcou 202 anos da Independência do Brasil

Desfile de 7 de Setembro no Recife Desfile de 7 de Setembro no Recife  - Foto: Paullo Allmeida/Folha de Pernambuco

Já se passaram 202 anos que, às margens do Ipiranga, jouve o grito de ‘Independência ou morte’, dado por Dom Pedro I, e, para comemorar o Dia da Pátria, centenas de pernambucanos compareceram à Avenida Marechal Mascarenhas de Moraes, na Imbiribeira, Zona Sul do Recife, para prestigiar o tradicional Desfile Cívico-Militar, que homenageia a data, neste sábado (7) da Independência.

Por volta das 8h, a governadora de Pernambuco, Raquel Lyra (PSDB), chegou ao local, onde passou pela revista da tropa e desfilou em carro aberto, modelo Lincoln V-12, azul marinho. O veículo histórico é de 1933 e foi utilizado pela Rainha Elizabeth II, em visita ao Brasil, em 1968.

Raquel Lyra seguiu no veículo ao longo da avenida, num percurso durou cerca de dez minutos. A vice-governadora Priscila Krause acompanhou o desfile num palco, montado em frente à Faculdade Universo.

Em entrevista, a governadora comemorou a data, que é um divisor de águas na história libertária do povo brasileiro. Contudo, para ela, o País ainda tem um longo caminho a percorrer, até que chegue, de fato, à liberdade.

“A comemoração dessa data bate muito forte no coração da gente. Há mais de 200 anos, Pernambuco declarou Independência, na Confederação do Equador, firmou uma Constituição e hoje estamos comemorando. O dia nos faz dizer sobre os nossos valores na luta pela democracia e independência e por mais igualdade. Mas também nos faz lembrar o quanto ainda estamos distantes de libertar o nosso povo”, declarou ela.

“É claro que temos que celebrar todas as conquista que tivemos nas mais diversas áreas, mas precisamos trabalhar muito ainda para que a fome não seja mais cenário no nosso Brasil, permitir que o combate e superação da desigualdade sejam premissas de todos os brasileiros e de quem está na liderança de governos”, complementou a chefe do Executivo local, exaltando, ainda, programas como Mães de Pernambuco, Juntos pela Segurança e Juntos pela Educação.
 

 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 

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O evento foi composto por 4 mil estudantes de escolas públicas e privadas, além de 700 participantes nos desfiles das associações e cerca de 3 mil militares, divididos entre as Forças Armadas e as Forças Militares Estaduais.

A unidade de ensino a abrir os desfiles foi a Escola Técnica Estadual Ginásio Pernambucano, localizado no Centro do Recife. A unidade conta, atualmente, com 709 alunos (503 durante o dia e 206 à noite). A banda, que tem 85 integrantes, foi fundada pelo diretor Antônio Souto Neto e pelo professor Jader de Alemão Cysneiros, tendo como patrono o maestro Waldenilson Cunha Costa.

Com cerca de mil militares, divididos entre diversas organizações do Comando Militar do Nordeste, o Exército desfilou com tropas a pé e motorizadas. A Marinha do Brasil foi representada por 300 militares. Já a Força Aérea participou do desfile com cerca de 400 militares.

O comandante militar do Nordeste, general Maurílio Miranda Netto Ribeiro, pontuou que a data também serve para que o País proclame a diversidade que nele há.

“É pra celebrar um País rico, independente, soberano, que valoriza a democracia, a paz e a segurança do seu povo. As Forças Armadas se orgulham de poder participar desta festa cívica, de poder ter contribuído com os esforços do poder público para planejar e conduzir este evento tão significativo que vai permitir que os brasileiros possam estar nas ruas, celebrando a Independência do Brasil. Também serve para que as Forças Armadas reafirmem o compromisso permanente e histórico com a defesa da democracia, com a segurança, com a paz e a liberdade da nossa querida nação”, relatou.

O público apreciou o desfile. Há quem foi ao local pela primeira vez e gostou do que viu, como, por exemplo, a aposentada Bernadete dos Prazeres, de 68 anos, que saiu do Pina para acompanha o evento.

“Antes, eu só acompanhava pela televisão. Que o desfile seja dele bonito de se ver, tanto para mim quanto para as outras pessoas que vieram aqui mostrar a consideração e amor pelo País”, disse.

Já o comerciante Moisés Marques, 50, disse que o público reservou o dia para expressar o quanto ainda espera do Brasil soberano, puro e que precisa ser cada vez mais destacados, mediante cada conquista.

“O Brasil ainda precisa melhorar muito, independente de partido, de quem está no poder. O povo está aí, demonstrando que ainda espera uma mudança para melhor, por parte da Nação. Tem cinco anos que venho aqui vibrar e olhar essa coisa linda”, destaca ele.

A Maçonaria abriu o desfile das entidades e associações. O movimento iniciado no Estado em 1796 liderou uma série de revoltas, culminando, em 6 de março de 1817, com a Revolução Republicana. Foi aí que se iniciou a contagem regressiva para a Independência do Brasil.
 

 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 

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O desfile militar foi aberto pelo comandante do Destacamento Militar, o general de divisão Fernando Bartholomeu Fernandes, comandante da 7ª Divisão de Exército, que seguiu numa viatura blindada de transporte de pessoal – Guarany, de fabricação nacional.

Entre os principais momentos do evento, estiveram os desfiles da Cavalaria e de três aeronaves, modelo esquilo, do Grupamento Tático Aéreo (GTA), mostrando a prontidão e eficácia do trabalho da corporação.

O desfile motorizado foi aberto quando o Tenente Coronel Falcão, da 7ª Região Militar, seguiu em sua viatura. Na sequência, apresentou-se o Estado-Maior do desfile motorizado, composto por integrantes das diversas corporações militares.

A desfile foi encerrado pelo grupamento da tropa Hipomóvel da Polícia Militar de Pernambuco - Regimento Dias Cardoso (RPMon), que participa das ações de controle de distúrbios civis em praças desportivas, como também realiza equoterapia, contribuindo para o desenvolvimento biopsicossocial de pessoas deficientes. O grupamento esteve sob o comando da tenente coronel da PE Denize Manso de Oliveira.

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