Sáb, 06 de Dezembro

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Saúde

EUA liberam vapes da marca Juul

Decisão permite comercialização de cinco produtos da marca, mas FDA ressalta que cigarros eletrônicos não são "seguros" e que seguirá monitorando publicidade voltada para os jovens

Vapes já estavam no mercado americano, mas ficaram em um limbo regulatório após medidas anteriores da FDAVapes já estavam no mercado americano, mas ficaram em um limbo regulatório após medidas anteriores da FDA - Foto: Freepik / master1305

O fabricante de cigarros eletrônicos Juul Labs anunciou nesta quinta-feira que a Food and Drug Administration (FDA), agência reguladora de alimentos e remédios dos Estados Unidos, autorizou a venda de vários de seus produtos no país.

Segundo disse a empresa em comunicado, a autorização foi obtida após apresentar mais de 110 estudos científicos ao órgão e significa que a marca pode continuar a vender os produtos. Os vapes já estavam no mercado americano, mas ficaram em um limbo regulatório após medidas anteriores da FDA.

“Após uma rigorosa avaliação dos dados, a FDA decidiu que conceder uma MGO (autorização de comercialização) para o sistema da Juul é ‘adequado para a proteção da saúde pública’”, disse a Juul.

A empresa utiliza o argumento de que os vapes seriam menos danosos que os cigarros convencionais, por isso seriam alternativas para quem quer deixar de fumar. A alegação, embora seja a visão de países como Reino Unido e Suécia, é contestada por diversas entidades de saúde.

No Brasil, por exemplo, a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) reavaliou as evidências disponíveis sobre o assunto em 2024 e decidiu manter um veto aos cigarros eletrônicos, determinado ainda em 2009.

Além disso, empresas de vapes têm sido alvos de críticas por suas práticas de marketing. Em 2022, a Juul concordou em pagar 438,5 milhões de dólares a 34 estados americanos para encerrar uma investigação sobre publicidade direcionada a menores de idade.

Ao todo, a FDA autorizou a marca a vender cinco produtos: o vape e quatro cápsulas, nos sabores “Virginia Tobacco” e mentol, em versões com 3% e 5% de concentração de nicotina, explicou um porta-voz da agência.

Os produtos precisavam atender às regulamentações de uma lei de prevenção ao tabagismo de 2009, segundo a qual os benefícios de os adultos optarem por produtos potencialmente menos nocivos são “suficientes para compensar os riscos do produto, mesmo para jovens ou adultos que não consumam produtos com tabaco”, complementou.

No entanto, a decisão da FDA “não significa que esses produtos de tabaco sejam seguros ou que estejam ‘aprovados pela FDA’”, acrescentou o porta-voz, explicando que a agência continuará fiscalizando o cumprimento das restrições de marketing da Juul voltadas ao público jovem.

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