Forças israelenses fecham três escolas da ONU em Jerusalém Oriental
Segundo o diretor da agência para os refugiados palestinos, forças "fortemente armadas" cercaram as instituições durante ação; Friedrich chamou o evento de "experiência traumática"
As forças israelenses fecharam nesta quinta-feira (8) três escolas em Jerusalém Oriental, um território anexado por Israel, informou a agência da ONU para os refugiados palestinos (UNRWA).
O fechamento acontece três meses após Israel proibir as atividades da agência.
Em uma das escolas havia um aviso de fechamento em hebraico, segundo um fotógrafo da AFP, e a UNRWA informou que pelo menos um funcionário foi detido.
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"A partir de 8 de maio de 2025, será proibido operar instituições de ensino, ou empregar professores, trabalhadores docentes ou qualquer outro pessoal, e será proibido alojar alunos ou permitir a entrada de alunos nesta instituição", afirma a ordem de fechamento.
O diretor da UNRWA na Cisjordânia, Roland Friedrich, disse à AFP que forças "fortemente armadas" cercaram três escolas da agência no campo de refugiados de Shuafat, em Jerusalém Oriental.
Quase 550 alunos, com idades entre seis e 15 anos, estavam presentes no momento do fechamento, segundo Friedrich, que chamou o evento de "experiência traumática para as crianças pequenas que correm o risco imediato de perder o acesso à educação".
A Autoridade Palestina condenou a medida, que considerou uma "violação do direito das crianças à educação".
Israel reivindica a totalidade de Jerusalém como sua capital "indivisível", mas a ONU considera ilegal a anexação de Jerusalém Oriental, o setor leste da cidade.

