Guerra no oriente médio

Hamas reivindica ataque que matou sete pessoas em Jaffa, no sul de Tel Aviv

Dois atiradores mataram sete pessoas, incluindo uma adolescente de 17 anos, e feriram outras 11, que esperavam em uma estação de trem na cidade israelense

Hamas reivindica ataque que matou sete pessoas e deixou 11 feridos em Jaffa, no sul de Tel AvivHamas reivindica ataque que matou sete pessoas e deixou 11 feridos em Jaffa, no sul de Tel Aviv - Foto: AFP

O Hamas reivindicou o ataque que matou sete pessoas e deixou 11 feridos em Jaffa, no sul de Tel Aviv, na noite de terça-feira. As vítimas, que incluem uma adolescente de 17 anos, esperavam em uma estação de trem na cidade quando foram atingidos por dois atiradores — identificados como Muhammad Khalef Saher Regev e Hassan Muhammad Hassan Tamimi, na faixa dos 20 anos. Eles foram baleados e mortos por um transeunte e um guarda da segurança municipal. A polícia suspeita de terrorismo.

"As Brigadas Ezzedine al-Qassam assumem a responsabilidade pela heroica operação em Jaffa, realizada pelos combatentes da cidade de Hebron [na Cisjordânia ocupada]", disse o grupo em um comunicado, referindo-se ao ataque.

Entre as vítimas fatais está Inbar Segev-Vigder, de 33 anos, que morreu protegendo o filho, um bebê de nove meses, que escapou do atentado ileso. Também morreram Shahar Goldman, de 30 anos; Revital Bronstein, de 24 anos; Nadia Sokolenko, de 40 anos; Ilia Nozadze, de 42 anos; Ionas Karussis, cidadão grego e israelense; e uma menor de idade de 17 anos. Segundo informações da imprensa israelense, seis dos feridos estão em estado grave.

O ataque a tiros na cidade aconteceu pouco depois de as Forças Armadas de Israel (FDI) ampliarem o alcance das medidas de segurança voltadas aos civis na cidade e pelo menos 40 minutos antes de as sirenes soarem na cidade devido ao ataque aéreo do Irã.

Nesta quarta, forças de Israel e combatentes do grupo xiita libanês Hezbollah disseram travar novos combates de perto no sul do Líbano, um dia depois de o primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu, prometeu retaliar contra o Irã pelo disparo de mísseis balísticos contra Israel em um ataque que aumentou ainda mais a tensão regional. Israel anunciou que oito soldados morreram em combate, segundo o Exército israelense.

Em outro sinal de aprofundamento do conflito, o Exército de Israel, que enviou tropas terrestres para o Líbano na madrugada de terça-feira (noite de segunda no Brasil), disse que conduziu mais ataques contra alvos do Hezbollah após o grupo, que é apoiado pelo Irã, ter disparado mais de 40 "projéteis" através da fronteira.

Funcionários israelenses disseram que os mísseis do Irã disparados contra Israel na terça-feira foram em sua maioria interceptados pelas defesas aéreas e com ajuda dos EUA e de outros aliados. Não houve informações sobre mortes em Israel, mas um palestino que trabalhava em Gaza, morreu após ser atingido por estilhados na ocupada Cisjordânia.

Na terça-feira, o presidente Joe Biden disse que as Forças Armadas dos EUA "apoiaram ativamente" a defesa israelense, com o conselheiro de segurança nacional, Jake Sullivan, afirmando que destroieres da Marinha se uniram a Israel para interceptar mísseis. França e Reino Unido também se juntaram nas medidas de proteção.

Netanyahu afirmou depois que a República Islâmica, um adversário de longa data do Estado judeu, "cometeu um grande erro" e que "pagaria por isso". Ele não deu detalhes, mas em abril Israel disparou mísseis contra o Irã em resposta a um ataque lançado por Teerã.

Nesta terça, o chanceler israelense, Israel Katz, declarou o secretário-geral da ONU, António Guterres, "persona non grata", o proibindo de entrar no país após acusá-lo de não condenar de forma vigorosa os ataques do Irã.

A Guarda Revolucionária disse que o ataque de uma hora de duração foi uma retaliação pelos assassinatos recentes dos chefes do Hezbollah e do grupo terrorista Hamas, outro de seus aliados que combate Israel na Faixa de Gaza. Mohammad Bagheri, um importante comandante do Irã, disse que os mísseis tinham como alvo três bases militares e o quartel-general do Mossad, o serviço de inteligência de Israel.

Vídeo verificado pelo jornal americano New York Times mostrou dezenas de mísseis explodindo em diferentes partes de Israel nesta terça, incluindo um a cerca de 800 metros da sede do Mossad. O Exército israelense disse que uma base aérea sofreu "alguns golpes", mas que infraestrutura essencial não foi atingida.

O ataque iraniano ocorreu um dia depois do início da invasão do Líbano por Israel, que diz ter como objetivo destruir a capacidade do Hezbollah de atacar alvos israelenses.

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