Sáb, 20 de Dezembro

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Justiça autoriza pagamento retroativo de R$ 3,6 milhões a 20 procuradores da Alesp

Servidores recebem o teto salarial dos ministros do Supremo Tribunal Federal desde 2023, mas associação conseguiu que aumento valesse desde 2020

Plenário da Assembleia Legislativa de São PauloPlenário da Assembleia Legislativa de São Paulo - Foto: Rodrigo Romeo/Alesp

O juiz Marcio Ferraz Nunes, da 16° Vara da Fazenda Pública paulista, autorizou um pagamento retroativo aos cerca de vinte procuradores da Assembleia Legislativa de São Paulo (Alesp), ativos e inativos, que recebem, desde dezembro de 2023, o teto remuneratório constitucional de R$ 46,3 mil por mês. Antes desse período, o vencimento mensal de cada um era de R$ 37 mil.

Em 30 de novembro de 2023, a Mesa Diretora da Alesp aprovou a equiparação dos procuradores. Mas para a Associação dos Procuradores da Assembleia Legislativa do Estado de São Paulo (Apalesp) a medida deveria valer a partir de 2020.

Em fevereiro, a entidade ingressou com uma ação coletiva na Fazenda Pública e pleiteou o valor pregresso. Segundo cálculos iniciais, cada um dos vinte servidores poderia receber, em média, cerca de R$ 180 mil, levando a conta total para R$ 3,6 milhões de reais. O valor individual só será apurado na próxima etapa judicial, a de execução de sentença.

No processo, a Procuradoria Geral do Estado se mostrou contrária ao pagamento retroativo dos pensionistas, mas não sobre os em atividade. Para o Ministério Público, o valor pretérito deveria ser pago a todos, ativos e inativos.

Para o juiz Marcio Ferraz Nunes, na sentença, os pagamentos deverão ser feitos com juros e correção monetária.

- Julgo procedentes os pedidos, o que faço para condenar a parte requerida ao pagamento dos valores pretéritos, decorrente da aplicação do limite remuneratório correspondente a 100% do subsídio do Ministro do Supremo Tribunal Federal, observada a prescrição quinquenal, com juros e correção nos moldes do decidido no tema 810 pelo STF, a partir do vencimento de cada obrigação –

Procurada, a Assembleia paulista ainda não se pronunciou. O espaço segue aberto.

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