Macron diz que "é cedo demais" para garantir que acordo UE-Mercosul será assinado após adiamento
Presidente francês afirma que é preciso avançar em garantias para agricultores europeus
O presidente francês Emmanuel Macron afirmou nesta sexta-feira que ainda é cedo para dizer se um adiamento de um mês na decisão sobre um acordo comercial da União Europeia (UE) com o Mercosul será suficiente para atender às condições estabelecidas pela França, mas disse esperar que seja.
— É cedo demais para dizer, não sei — respondeu o presidente francês à imprensa ao final de uma cúpula europeia em Bruxelas. — Eu espero que sim, porque isso significaria que teremos obtido avanços, alguns dos quais seriam avanços históricos.
Macron tem pressionado por mais garantias para proteger os agricultores. Segundo ele, isso tornaria o pacto um “novo” acordo Mercosul–União Europeia.
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— Não estamos satisfeitos. Precisamos desses avanços para que o texto mude de natureza, para que possamos falar de um acordo diferente.
A presidente da Comissão Europeia, Ursula von der Leyen, informou na quinta-feira que a assinatura do acordo, inicialmente prevista para sábado, dia 20 de dezembro, foi adiada para janeiro pois não foi obtido apoio suficiente entre líderes europeus na reunião de cúpula de ontem, em Bruxelas. A decisão frustra as expectativas do presidente Luiz Inácio Lula da Silva.
Matéria em atualização

