Sáb, 06 de Dezembro

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REPERCUSSÃO

Morre Papa Francisco: veja repercussão pelo mundo e homenagens de líderes

Na imprensa internacional, a trajetória do Pontífice tem sido lembrada pela sua atenção para com os pobres e marginalizados

Papa Francisco parabeniza Charles e Camilla por 20 anos de casamentoPapa Francisco parabeniza Charles e Camilla por 20 anos de casamento - Foto: Divulgação/Vatican News

O Papa Francisco morreu nesta segunda-feira, aos 88 anos, no Vaticano, e encerrou um dos pontificados mais marcantes da história recente da Igreja Católica. Em todo o mundo, a trajetória do Pontífice tem sido lembrada pela sua atenção para com os pobres e marginalizados.

O jornal The New Yok Times classificou Francisco como um papa que "defendeu os marginalizados e entrou em conflito com os tradicionalistas". Enquanto primeiro Pontífice latino-americano e jesuíta, o veículo descreveu que "Francisco foi uma voz franca que lutou para criar uma Igreja Católica Romana mais inclusiva."

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"Os conservadores o acusaram de diluir os ensinamentos da Igreja. Mas ele também decepcionou muitos liberais, que esperavam que ele pudesse introduzir políticas progressistas", escreveu o tradicional jornal americano.

O Vaticano comunicou nesta manhã, às 7h35 (Horário de Roma), que o Santo Papa Francisco "retornou à casa do Pai", anunciou o Cardeal Kevin Farrell por meio do seu canal do Telegram. Ele estava se recuperando de uma doença pulmonar.

O jornal El País também definiu Francisco como "uma tempestade social e reformador na Igreja".

"De caráter por vezes impulsivo e enérgico, certamente passou como um furacão em questões sociais, com críticas inéditas ao sistema capitalista vigente, e em reformas internas, com resultados desiguais", definiu o El País.

O presidente da Rússia, Vladimir Putin, prestou homenagens ao papa Francisco, que faleceu aos 88 anos nesta segunda-feira (21), a quem descreveu como um "líder sábio" e um "defensor constante dos mais altos valores do humanismo e da justiça".

"Ao longo de seu pontificado, contribuiu ativamente para o desenvolvimento do diálogo entre as Igrejas Ortodoxa russa e Católica romana, e para uma interação construtiva entre Rússia e a Santa Sé", acrescentou o presidente russo em um telegrama de condolências publicado no site do Kremlin.

O rei Charles III declarou, nesta segunda-feira (21), que estava "profundamente triste" com a morte do papa Francisco, que serviu ao mundo com "devoção durante toda a sua vida".

O monarca britânico disse que seu "coração pesado" estava "um pouco aliviado" pelo fato de o pontífice ter conseguido, no domingo, "compartilhar uma mensagem de Páscoa com a Igreja e o mundo ao qual serviu com devoção durante toda a sua vida".

Charles III, líder da Igreja da Inglaterra, acrescentou que estava "muito emocionado" por ter visitado Francisco no Vaticano em 9 de abril.

O presidente do Brasil, Luiz Inácio Lula da Silva, lamentou, em nota oficial, a morte do Papa Franscico, a quem definiu como uma "voz de respeito de acolhimento ao próximo" e decretou sete dias de luto.

"A humanidade perde hoje uma voz de respeito e acolhimento ao próximo. O Papa Francisco viveu e propagou em seu dia a dia o amor, a tolerância e a solidariedade que são a base dos ensinamentos cristãos."

 

Papa Franccisco e LulaPapa Francisco parabeniza Charles e Camilla por 20 anos de casamento - Foto: divulgação

O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, prestou homenagem ao papa Francisco e escreveu "Descanse em paz", em uma breve mensagem em sua plataforma Truth Social.

"Descanse em paz, papa Francisco! Que Deus o abençoe e a todos que o amavam!", afirmou Trump.


O primeiro-ministro da Espanha, o socialista Pedro Sánchez, destacou o compromisso "com os mais vulneráveis", em uma mensagem na rede social X.

"Lamento a morte do Papa Francisco. Seu compromisso com a paz, a justiça social e os mais vulneráveis deixa um legado profundo", escreveu Sánchez.

O presidente argentino Javier Milei se disse honrado de ter conhecido "em sua posse e sabedoria" o papa Francisco, "apesar de diferenças que hoje são menores".

"Deixa um grande legado de verdadeiro amor ao próximo. Para católicos e não católicos, é uma grande perda. Conhecê-lo foi uma grande honra e privilégio. Descanse em paz", escreveu a presidente mexicana Claudia Sheinbaum.

O papa, destacou Sheinbaum, foi um humanista “que optou pelos pobres, pela paz e pela igualdade”. O presidente venezuelano Nicolás Maduro chamou Francisco de “líder espiritual transformador” na luta contra a desigualdade e um “amigo sincero”.

"A Venezuela sempre se lembrará dele como um amigo sincero, como o papa que promoveu com determinação a canonização do Dr. José Gregorio Hernández, símbolo da fé do povo venezuelano", acrescentou, lembrando o homem que se tornará o primeiro santo do país.

Em Cuba, o presidente Miguel Díaz-Canel destacou a “proximidade” do papa com a ilha. “As projeções de afeto e proximidade cordial que transmitiu aos nossos compatriotas foram sempre recíprocas entre os cubanos”, enfatizou.

Europa
A presidente da Comissão Europeia, Ursula von der Leyen, atualmente que Francisco "inspirou milhões de pessoas, muito além da Igreja Católica, pela sua humildade e pelo seu amor tão puros pelos mais desfavorecidos".

O presidente da Ucrânia, Volodimir Zelensky, disse que o papa Francisc "rezou pela paz na Ucrânia", invadida pela Rússia há mais de três anos.

"Ele sabia dar esperança, aliviar o sofrimento por meio da oração e promover a unidade. Ele rezou pela paz na Ucrânia e pelos ucranianos", declarou Zelensky na rede X, horas após o anúncio da morte do pontífice. "Com os católicos e todos os cristãos, estamos tristes", acrescentou.

O presidente francês, Emmanuel Macron, rendeu homenagem a quem sempre esteve "com os mais vulneráveis e os mais frágeis" e expressou suas "condolências mais sinceras aos católicos de todo o mundo". Já o primeiro-ministro polonês, Donald Tusk, exaltou “um homem bom, afetuoso e sensível”.

Na Alemanha, o chefe do Governo demissionário, Olaf Scholz, descreveu Francisco como um "defensor dos mais fracos" e como um "homem de reconciliação". Seu sucessor eleito, Friedrich Merz, destacou, por sua vez, o "compromisso incansável" do papa com os "mais vulneráveis" e "pela justiça e a reconciliação".

Foi um “homem de Estado respeitado” que “dava importância ao diálogo entre grupos religiosos”, disse o presidente turco, Recep Tayyip Erdogan, sobre o pontífice argentino.

Oriente Médio
O presidente da Autoridade Palestina, Mahmoud Abbas, descreveu o papa como "um amigo fiel do povo palestino", segundo a agência de notícias oficial Wafa.

"Perdemos no dia de hoje um amigo fiel do povo palestino", escreveu Abbas, destacando que o pontífice argentino "reconheceu o Estado palestino e autorizou que a bandeira palestina fosse hasteada no Vaticano".

Do lando israelense, o presidente Isaac Herzog prestou homenagem a "um homem de profunda fé e compaixão sem fim". 

O Líbano perdeu um "amigo querido" e um "apoio fervoroso", segundo o presidente Joseph Aoun, que disse que a morte de Francisco representa uma "perda para toda a humanidade".

O porta-voz da diplomacia iraniana, Esmail Baghai, ofereceu suas “condolências a todos os cristãos do mundo” e disse “rezar para Deus todo-poderoso pela paz” do papa Francisco.

No Egito, o presidente Abdel Fattah al Sissi lamentou “uma profunda perda para todo o mundo” e afirma que Francisco foi “uma voz de paz, amor e compaixão”.

Ásia
O primeiro-ministro da Índia, Narendra Modi, afirmou que o papa era um “modelo de compaixão, humildade e valor espiritual”. O presidente Anura Kumara Dissanayake, di Sri Lanka, prestou homenagem ao seu “compromisso inabalável pela paz” que deixou, segundo ele, “uma marca indelével”.

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