Chefe da ONU condena 'com firmeza' ataque que matou 6 capacetes azuis no Sudão
Ministério das Relações Exteriores de Bangladesh pediu à ONU que garantisse "todo o apoio de emergência necessário" aos militares feridos
O secretário-geral das Nações Unidas, António Guterres, condenou neste sábado (13), “com firmeza”, o ataque com drones que matou seis capacetes azuis originários de Bangladesh em uma cidade assediada por paramilitares no Sudão.
“Condeno com firmeza o terrível ataque com drones que teve como alvo a base logística das forças de manutenção da paz da ONU em Kadugli, no Sudão”, declarou Guterres em comunicado.
Kadugli fica em Cordofão do Sul, uma região que se transformou recentemente no epicentro dos combates na guerra entre o exército regular do país e paramilitares.
Bangladesh também condenou “firmemente” o ataque. Seu Ministério das Relações Exteriores pediu à ONU que garantisse “todo o apoio de emergência necessário” aos militares feridos.
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A Força Interina de Segurança das Nações Unidas para Abyei (Unisfa, na sigla em inglês) informou a um correspondente da AFP que um ataque "com drones" foi registado contra o acampamento da Unisfa em Kadugli, situado a cerca de 200 km de Abyei.
"Seis soldados morreram e seis soldados feridos, quatro deles com gravidade", declarou a força de manutenção da paz da ONU.
Em comunicado, o dirigente interino de Bangladesh, Muhammad Yunus, disse que estava “profundamente triste”.
O ataque foi atribuído aos paramilitares das Forças de Apoio Rápido (FAR) pelo governo sudanês pró-exército regular.
Num comunicado, o Conselho de Soberania, dirigido pelo general Abdel Fattah al Burhan, chefe do exército regular, classificou o ataque de “escalada perigosa”.
A guerra, que começou em abril de 2023, já provocou dezenas de milhares de mortes e o deslocamento de milhões de pessoas, provocando o que a ONU classifica de "pior crise humanitária no mundo".

