Qui, 18 de Dezembro

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opinião

A pacificação é a solução, te liga, Lula!

No calendário de 1963-1964 o tempo era de evolução política e social. Choviam raios e temperaturas políticas nas cabeças dos homens e mulheres. Milhões de cérebros estavam fraturados nos comícios e esquinas. Miolos derretiam o perdiam o juízo na fervura dos debates.

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O general-presente Ernesto Geisel o falava para o deputado Ulysses Guimarães nos tempos da distensão: “Segure seus radicais que eu seguro os meus”.

Os radicais pregam que todos os heréticos devem ser presos ou terminados. Assim haverá paz dos cemitérios. O Brasil e os brasileiros devem a conquista da anistia a esses dois grandes brasileiros. As elites que conduzem as nações. As ditaduras conduzidas pelas elites do mal e a sociedade é amordaçada.   

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O imponderável acontece. O Brazil hoje navega numa tempestade prefeita. As latitudes e as longitudes são imprevisíveis e são incertas. Abram os olhos e as ovelhas e os cérebros.

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Erradíssimo dizer que o tempo não para. O tempo dá redemoinhos. O que não para são as conchamblanças políticas e sociais. O mundo parou nas catracas do tempo na Nicarágua e Rússia. O mundo estacionou ou deu um retrocesso na pré e pós stalinista.  Antes disso, diabo ressuscitou os genocidas Josep Stalin e Fidel Castro. 

Foi inútil o poema-oração do poeta Evenuchenko para que fechassem todos os túmulos, todos os infernos para que Stalin não ressuscitasse mais das profundezas das trevas.

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Voltemos ao tema da pacificação nacional. Os radicais insistem na ideia de que a pacificação deve ser feita a ferro e fogo, para que todos sejam servis.   

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A pacificação nacional é imperativo de desenvolvimento. A Argentina patina na pobreza e no subdesenvolvimento há mais de 40 décadas, desde os tempos de Peron. Atualmente já emite sinais de recuperação. Aquele outro país comunista, nem precisa falar. E continuar. O mundo civilizado abre as portas para as nações. Esse rame-rame de Mercosul tem muio lero-lero e não dá em nada.

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Melancólico é imaginar que o Brasil fez opção preferencial pelo subdesenvolvimento, em benefício de umas elites mesquinhas e medíocres encasteladas nos poderes.

Brasil, País do Futuro: abençoado por Deus e bonito por natureza, todos os slogans fracassaram. E continuam ao ufanismo, do nosso céu em mais estrelas.

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