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OPINIÃO

Hospital-dia: um caminho sem volta para o atendimento humanizado

A busca e o aperfeiçoamento de modelos mais humanizados no ambiente hospitalar são preocupações constantes dos profissionais de saúde. Este enfoque visa promover um atendimento que não apenas trate as enfermidades, mas que também respeite e valorize o ser humano em sua totalidade. O objetivo é garantir que os cuidados ocorram de maneira acolhedora e satisfatória para todos os envolvidos.

Neste sentido, o modelo de hospital-dia surge como um diferencial, ganhando força em vários países como ferramenta para a implementação de uma nova postura, positiva tanto para o paciente quanto para quem o recebe. Com serviços otimizados, em ambientes personalizados e com pouco fluxo de pessoas, torna-se mais fácil atingir os objetivos de tratamento e recuperação.

Este conceito, que chegou para ficar, proporciona ao paciente cuidados intensivos, com internamentos de até 12h, o que permite que a sua rotina seja menos interrompida e suas atividades diárias sejam retomadas mais rapidamente. Além disso, os pacientes mantêm uma maior conexão com os seus familiares, o que é essencial para uma recuperação mais rápida e eficaz, promovendo um ambiente menos estressante.

O hospital-dia oferece tratamentos modernos que podem ser realizados em poucas horas. Cirurgias de pequena e média complexidade, como cirurgias plásticas, dermatológicas, vasculares, sessões de câmara hiperbárica e exames diagnósticos são alguns exemplos de procedimentos realizados nesta modalidade. Os centros, equipados com tecnologia avançada e equipes médicas especializadas, garantem um atendimento de alta qualidade. 

Segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS), aproximadamente 234 milhões de pessoas passam por procedimentos cirúrgicos anualmente. No Brasil, de acordo com o Ministério da Saúde, a taxa de infecções hospitalares atinge 14% das internações, com mais de 45 mil mortes registradas por essa causa, conforme a Associação Médica Brasileira.

A possibilidade de realizar procedimentos em ambientes altamente controlados, que minimizem a exposição a agentes infecciosos, é especialmente benéfica, principalmente em ambientes hospitalares. Se reduz também significativamente os custos associados ao tratamento, sem qualquer perda de qualidade, além dos gastos com acomodação, alimentação e serviços hospitalares, que são consideravelmente menores.

Assim, esse modelo é financeiramente viável não só para o paciente, mas também para o sistema de saúde em si. Com esta nova perspectiva, os centros de saúde não apenas melhoram seus serviços, mas também constroem um futuro no qual a empatia e o respeito são pilares fundamentais do atendimento médico, com resultados positivos e dignos.


*Médico e gestor, líder do grupo de profissionais da área de saúde que irão compor o Concept

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