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opinião

Os limites do ser humano

Desde a antiguidade até os dias atuais, o homem tenta dimensionar os seus limites, de força, velocidade e equilíbrio, postos à prova mais uma vez na edição da Olimpíada de 2024 em curso.

Outrossim, o homem no contexto dos limites do ser humano esqueceu-se de dimensionar os limites do bem e do mal, nos muitos aspectos da capacidade mental, tais como a cognição, o raciocínio, o tirocínio, e evolução mental ao longo dos milênios da existência terrena.

A exemplo do matar pra comer, e o matar pra se defender ou por mero prazer, do instinto animal ao racional, até o surgimento da chamada “IA” inteligência artificial, perigosa faca de dois gumes que evoluiu veloz e surpreendentemente graças à tecnologia de última geração, desprezando a evolução natural como fruto do milenar exercício mental, decorrente da experiência repetitiva, que ensejaram as descobertas e avanços da idade da pedra às conquistas espaciais.

Outro aspecto interessante para ser interpretado e melhor compreendido é porque o homem é capaz de reunir em local e hora escolhidos globalmente em civilizada harmonia os seus semelhantes de todos os quadrantes planeta, independentemente de credo e cor, para se medir reciprocamente, e aceitar democraticamente os resultados das provas físicas levadas a efeito para uma vez terminado o evento, aceitar democraticamente o resultado, para logo em seguida voltar a morder e digladiar, no ambiente de primitiva irracionalidade de vida ou morte.

No sentido de ampliar a compreensão do fenômeno, vale refletir sobre uma hipotética experiência com os “atletas” disputando não a capacidade física, mas sim a capacidade mental, quociente de inteligência, alinhando sem distinção, equilibrados, desequilibrados, perversos, aloprados e alguns oriundos da galeria global, cidadãos do bem e do mal, racionais e irracionais, de ontem e de hoje, tais como, Hitler, Mussolini, os Papas (vários deles).

Cientistas como Albert Einstein, Galileu, Stephen Hawking, Nikola Tesla, Pasteur, Lavoisier, Freud, e os de casa que não devemos nominar para não comprometer a imparcialidade da nossa crítica, que aponta para a frenética e inequívoca constatação da disputa pelos holofotes no podium do aplauso frenético da plateia em transe hipnótico, pelo desfrute do poder, pela força das armas ou das palavras mágicas dos seus líderes e a cega obediência dos liderados. 

Esse é o mundo mergulhado em estranhos e inusitados paradoxos, Olimpíadas para medir a capacidade física, mas não a capacidade mental, na dúvida já podemos recorrer ao juízo da inteligência artificial, insensível, indiferente, desumana, desprovida de amor e humor, eis a receita dos novos tempos, ao alcance de um “clic” e pronto! 

Enquanto isso, fiquemos com os maravilhosos saltos da nossa heroína Rebeca Andrade representando o melhor do Brasil, viva Rebeca!


Consultor de empresa
(mgmaranhao@gmail.com)



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