Plano Real não era santo, mas fez milagres
MONTANHAS DA JAQUEIRA - Leitor do clássico francês Honoré de Balzac, o cientista político Antoine Lavaredá, testemunha da história, declarou que o Real é um Plano econômico balzaquiano, completou 30 anos no dia 1 deste mês de julho. É verdade e dou fé. Seja dito em complemento: um balzaquiano vitorioso.
Neste reino de corrupção e conchamblanças, o sucesso do Plano Real foi um milagre brasileiro. Monsieur Balzac é autor do romance “A mulher de 30 anos”. Naquela época na França libertária, quando as fêmeas chegavam à terceira idade aos 30 anos e ficavam no caritó (solteiras), passavam a ser chamadas de balzaquianas.
Exames de DNA e RNA revelam que a paternidade do Plano Real vem da cabeça do ex-presidente Itamar Franco, ex-ministro da Fazenda, Fernando Henrique Cardoso, e mestres-de-obras em economia Pérsio Arida, André Lara Resende e seus discípulos. Itamar era presidente da República e FHC um empregado dele.
Há tempos as balzaquianas de 30 anos são mercadorias revogadas no mercado. Belezuras de 40 anos, 50, 60 e até 70 aninhos rebolam nas academias (não de letras), desfilam nas passarelas e são colírio para os marmanjos. Meu plano de voo é acertar um pacto real com uma gatona de 6.0, charmosa toda, do reino da Jaqueira etc.
A cultura da inflação deitou raízes na década de 1960 com a construção de Brasília no Governo JK. Naqueles tempos do Brazil sorridente os vivaldinos construíram palácios e catedrais. E toca a guitarra na Casa de Misericórdia da Moeda.
No Governo de Ribamar Sarney a inflação criou asas e voou nas asas dos marimbondos de fogo. O Plano Cruzado foi lançado em fevereiro de 1986. Houve desabastecimento nas prateleiras, os bois sumiram dos pastos. Foram censurados pelos pecuaristas. Se o pobrezinho de um boi aparecesse na rua, seria devorado vivo pela população, assim como os canibais devoram suas vítimas. O Plano Cruzado fracassou. No mês de março 1990 a inflação bateu o recorde de 84,23 %.
Ribamar Sarney foi chamado de “A vanguarda do atraso”, na expressão carinhosa do ex-ministro Fernando Lyra, se não me falha a retentiva.
Logo ao assumir o poder, em 15 de março de 1990, o presidente Fernando Collor assinou Medida Provisória, congelando as contas bancárias, a poupança e fundos de investimentos. Collor se gabava de ser doido e de ter “aquilo roxo”. O Plano Collor causou traumatismo craniano na sociedade e fracassou em poucos meses.
O PT foi a favor do aborto do Plano Real, na gestação, no nascimento e no puerpério. Falou em estelionato eleitoral. O que os vermelhos propunham? Quanto pior, melhor. A caterva vermelha é a favor do aborto de fetos, do agronegócio, do aborto até da mãe de pantanha. Defende o aborto da liberdade de expressão através da censura, assim apoia as ditaduras da Venezuela, Cuba e Nicarágua.
Atualmente FHC e o guru da seita vermelha trocam beijos e abraços politicamente corretos.
*Periodista, escritor e quase poeta
- Os artigos publicados nesta seção não refletem necessariamente a opinião do jornal. Os textos para este espaço devem ser enviados para o e-mail [email protected] e passam por uma curadoria para possível publicação.