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REMÉDIO

Ozempic: prefeito do Rio promete distribuição do genérico; mas quando patente será quebrada?

A caneta injetável foi aprovada no Brasil pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) para o tratamento do diabetes tipo 2

Medicamento OzempicMedicamento Ozempic - Foto: Joel Saget/Getty Images/AFP

O prefeito da cidade do Rio de Janeiro, Eduardo Paes, afirmou em entrevista ao jornal Extra, que colocaria o Ozempic na rede pública de saúde assim que a patente do medicamento perdesse a validade. A afirmação como promessa de campanha viralizou nas redes sociais.

A caneta injetável foi aprovada no Brasil pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) para o tratamento do diabetes tipo 2, mas se popularizou no país pelo uso off label para perda de peso.

O princípio ativo do Ozempic é a semaglutida, uma forma sintética do hormônio GLP-1, que promove a saciedade. Por conta deste mecanismo, ele ajuda a emagrecer.

Afinal, quando vence a patente do Ozempic?
Segundo Paes, a patente (atualmente sob posse da farmacêutica dinamarquesa Novo Nordisk) iria ao fim no ano que vem. Mas, na verdade, ela vence em 2026, permitindo que laboratórios comercializem medicamentos genéricos ou similares.

A indústria brasileira, assim como a de outros países onde a exclusividade também está perto de terminar, já se movimenta para introduzir versões mais baratas do remédio no mercado – que podem estar disponíveis já daqui a dois anos e, se seguir a tendência de outros remédios no Brasil, a preços de 15% a 60% inferiores.

Porém, antes mesmo de a patente expirar, os laboratórios já podem desenvolver as moléculas e realizar os estudos necessários para comprovar que tenham a mesma segurança e eficácia da original.

Além disso, podem submeter o produto a agências reguladoras para uma aprovação – deixando o caminho pronto para, quando o prazo chegar ao fim, o medicamento já estar 100% apto a ser vendido.

Laboratórios da China e da Índia, no entanto, já estão mais avançados no desenvolvimento e validação dessas moléculas em estudos.

No início de abril, a chinesa Hangzhou Jiuyuan Gene Engineering submeteu às autoridades o primeiro pedido de aprovação de um similar da semaglutida no país.

Já na Índia, empresas como Dr. Reddy’s, Cipla e Biocon também desenvolvem versões próprias da molécula.

Em março, a Biocon recebeu o sinal verde no Reino Unido para seu genérico da liraglutida, uma substância semelhante à do Ozempic, porém mais antiga e menos eficaz.

Há algumas semanas, a empresa anunciou um acordo com a brasileira Biomm para, a partir de 2026, comercializar sua versão similar da semalgutida no país.

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