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Palestina

Papa Leão XIV se reúne pela primeira vez com presidente palestino Abbas

O líder palestino chegou ao Vaticano no final da manhã para uma audiência privada no palácio apostólico

Papa Leão XIV se reúne pela primeira vez com presidente palestino AbbasPapa Leão XIV se reúne pela primeira vez com presidente palestino Abbas - Foto: HANDOUT / VATICAN MEDIA / AFP

O papa Leão XIV se encontrou pela primeira vez nesta quinta-feira (6) com o presidente palestino, Mahmud Abbas, em um contexto humanitário ainda precário em Gaza, quase um mês após o início de uma trégua nesse território devastado pela guerra.

O líder palestino chegou ao Vaticano no final da manhã para uma audiência privada no palácio apostólico, a primeira presencial desde a eleição do pontífice americano-peruano em maio. Ambos haviam mantido uma conversa telefônica em julho.

A visita ocorre quase um mês após o início de um frágil cessar-fogo na Faixa de Gaza entre Israel e o Hamas, após dois anos de conflito desencadeado pelo ataque desse movimento islamista em 7 de outubro de 2023.

A ONU continua pedindo a Israel que abra as passagens fronteiriças para o território, onde os habitantes enfrentam uma grave escassez de água e alimentos.

Abbas é o presidente da Autoridade Palestina, que exerce controle limitado sobre a Cisjordânia ocupada. Seu movimento político, Fatah, é rival do Hamas, que controla Gaza desde 2007.

Na quarta-feira, pouco depois de sua chegada à capital italiana, o líder palestino dirigiu-se à basílica de Santa Maria Maior para rezar diante do túmulo do papa Francisco, falecido em abril, e depositar flores.

"Vim vê-lo porque não posso esquecer o que ele fez pelo povo palestino", disse aos jornalistas, em referência ao pontífice argentino.

Durante os últimos meses de seu pontificado, Jorge Mario Bergoglio endureceu suas declarações contra a ofensiva israelense, o que provocou tensões diplomáticas.

Seu sucessor tem mostrado até agora posições mais moderadas: expressou solidariedade com a "terra martirizada" de Gaza e denunciou o deslocamento forçado dos palestinos, ao mesmo tempo que afirmou que a Santa Sé não pode se pronunciar sobre se está sendo cometido um "genocídio" no território palestino.

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