Passageiros enfrentam transtornos na volta para casa com a quebra do Metrô do Recife
Linha Centro foi fechada após curto-circuito, no fim da tarde desta quarta-feira (17)
A volta para casa foi tumultuada para quem precisou utilizar a Linha Centro do Metrô do Recife. No final da tarde desta quarta-feira (17), um curto-circuito na via aérea fechou as 19 estações dos ramais Jaboatão e Camaragibe.
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Na Estação Joana Bezerra, na Zona Central do Recife, a movimentação em direção à plataforma do metrô era pequena. Apenas a Linha Sul continua operando normalmente.
Por outro lado, no Terminal Integrado da Joana Bezerra, as filas eram extensas. Passageiros relataram longas esperas, algumas acima de uma hora, para conseguir um lugar no transporte alternativo.
A encarregada de produção, Luzineide Luna, revelou ter esperado mais de uma hora na fila e avaliou não ter previsão de que horas chegaria em casa. Em dias normais, diz que o trajeto não demora mais de 15 minutos em direção à Estação Barro, seu destino no metrô.
"Todo dia a gente precisa desse metrô, mas sempre acontece esse caos. Esse ônibus aqui (Linha emergencial - 858 - TI Joana Bezerra/TI Afogados/TI Barro) faz um arrodeio enorme, nós chegamos em casa muito tarde. Isso nos 'pega de calça curta'. Que horas vamos chegar em casa?", questionou a passageira.
Luzineide Luna, encarregada de produção, revelou espera de mais de uma hora - Foto: Felipe Ribeiro/Folha de PernambucoJá a diarista Karizzia Fernanda também disse que utiliza o metrô todos os dias em direção à Estação Barro e de lá pegar outro transporte. A passageira revelou que foi pega de surpresa com a quebra de metrô, mas chamou atenção pela falta de mobilização das linhas emergenciais e da pouca organização nas filas.
"Vim de Boa Viagem para pegar a Linha Centro, mas ao chegar me deparei com o metrô quebrado. Essa linha (858 - TI Joana Bezerra/TI Afogados/TI Barro) tem poucos ônibus circulando, estamos com esse caos, uma grande quantidade de gente, sem muita informação, só Deus sabe a hora que vou conseguir sair daqui", começou.
A diarista Karizzia Fernanda reclamou da falta de organização das filas do transporte emergencial - Foto: Felipe Ribeiro/Folha de Pernambuco"A falta de organização das filas está terrível. Não tem ninguém responsável pela organização, quando o ônibus encosta, todo mundo corre, furam a fila, abrem as portas do ônibus como querem e muitos ficam nessa situação de espera", completou Karizzia Fernanda.
Alternativas
Além da procura pelas linhas emergenciais, vários passageiros buscaram outras alternativas para fugir da situação. Várias pessoas buscaram utilizar a Estação Joana Bezerra, local mais central no Recife, como ponto para solicitar algum transporte por aplicativo.
À reportagem da Folha de Pernambuco, alguns passageiros relataram preços altos das corridas e também longas esperas. Quem buscou se utilizar dessa estratégia foi o vigilante Ângelo Victor, que teria o destino à Estação Floriano Peixoto.
O vigilante Ângelo Victor teria destino à Estação Floriano Peixoto - Foto: Felipe Ribeiro/Folha de PernambucoO homem lamentou ter que 'tirar do próprio bolso' para retornar para casa e disse que a estratégia para não surtido efeito.
"Agora vou ter que tirar do meu dinheiro para poder pegar Uber, porque infelizmente é o que tem. O preço está muito 'salgado', vim aqui para poder tentar pagar um pouco mais barato, mas parece que aconteceu o inverso", contou.
A Folha de Pernambuco procurou a CBTU para saber se há uma previsão para o serviço ser normalizado, porém, até o momento, não obteve resposta.

