Pequim critica acusação 'sem fundamento' de Kiev sobre chineses no Exército russo na Ucrânia
O presidente ucraniano anunciou a prisão de dois soldados chineses após militares cruzarem a fronteira armados, nessa última terça-feira (8)
Pequim criticou nesta quarta-feira (9) as acusações "sem fundamento" de Kiev de que chineses combatem ao lado do Exército russo na Ucrânia, um dia após o presidente ucraniano, Volodimir Zelensky, anunciar a prisão de dois deles.
"A China está verificando este assunto com a Ucrânia", disse Lin Jian, porta-voz do Ministério das Relações Exteriores da China, durante uma coletiva de imprensa de rotina.
"Quero destacar que o governo chinês sempre pediu a seus cidadãos que fiquem longe de zonas de conflito armado, evitem o envolvimento em conflitos armados de qualquer forma e evitem participar de operações militares de qualquer lado", destacou.
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O Kremlin se recusou a comentar o anúncio nesta quarta (9).
"Não posso comentar esse assunto", disse o porta-voz da Presidência russa, Dmitry Peskov, em coletiva de imprensa da qual a AFP participou.
É a primeira vez que a Ucrânia afirma ter descoberto chineses participando de hostilidades em seu território desde que a invasão russa começou há três anos.
Kiev divulgou um vídeo mostrando um desses prisioneiros de guerra, apresentado como chinês, usando uniforme militar, com as mãos amarradas, imitando sons de combate e falando palavras em mandarim.
Segundo informações preliminares, seriam pessoas que assinaram "um contrato" com o Exército russo e não tropas regulares enviadas por Pequim, disse à AFP uma autoridade ucraniana sob condição de anonimato.
Zelensky declarou que há provas de que "muitos outros cidadãos chineses" combatem ao lado das forças russas, o que Lin rejeitou.

