Portugal viveu o verão mais quente e seco desde 1931
A temperatura máxima média da temporada foi de 30,78°C, ou seja, 2,09° C acima do normal
Portugal viveu este ano "o verão mais quente desde 1931", com temperaturas médias 1,55° C acima do normal, segundo cálculos baseados no período de 1991-2020, anunciou a agência meteorológica nacional nesta sexta-feira (5).
A temperatura máxima média da temporada foi de 30,78°C, ou seja, 2,09° C acima do normal, o que constitui um recorde desde 1931, quando começaram a ser coletados dados significativos para todo o território português.
Neste país ibérico, atingido em agosto por incêndios florestais devastadores, o verão também foi o mais seco desde 1931, com precipitações equivalentes a apenas 24% do normal entre 1991 e 2020, especificou o Instituto Português do Mar e da Atmosfera (IPMA) em seu boletim climático dedicado ao verão de 2025.
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Portugal sofreu, ainda, três ondas de calor, sendo a última, a mais longa, que se estendeu de 29 de julho a 17 de agosto.
O mês de junho já havia registrado recordes de temperatura máxima em 33 localidades, com o valor mais alto (46,6°C) alcançado em 29 de junho em Mora, cerca de cem quilômetros a leste da capital, Lisboa.
Os incêndios florestais de agosto no centro e no norte do país deixaram quatro mortos e vários feridos, destruíram residências e cultivos, e arrasaram cerca de 254.000 hectares, o pior balanço desde os incêndios de 2017, que causaram mais de cem mortes, segundo dados do Instituto Nacional de Conservação da Natureza e das Florestas (ICNF).

