Presidente do Equador propõe "castração química" para estupradores
Legislativo já apoiou Daniel Noboa na aprovação de diversos projetos de lei
O presidente equatoriano, Daniel Noboa, afirmou nesta sexta-feira ter enviado um projeto de lei constitucional ao Congresso para aplicar a "castração química" a estupradores, após o caso de grande repercussão de um parlamentar da oposição investigado por supostamente estuprar uma menina.
Embora o texto proposto à Assembleia não tenha sido divulgado, o presidente conservador anunciou em mensagem no X: "Estupradores merecem castração química e pena de prisão, e é isso que propõe a reforma constitucional que acaba de ser enviada."
Na terça-feira, veio à tona o escândalo envolvendo o deputado Santiago Díaz Asque, do partido de esquerda Revolução Cidadã, liderado pelo ex-presidente socialista Rafael Correa (2007-2017). O Ministério Público o investiga pelo suposto estupro de uma menina de 12 anos, crime punível com até 22 anos de prisão no Equador. Díaz se declarou inocente, mas foi expulso do partido.
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"Agora será a vez da Assembleia. O país precisa saber quem realmente apoia as vítimas e quem está disposto a proteger os agressores", acrescentou Noboa.
A castração química envolve a administração de drogas que suprimem o desejo sexual. É usada como método de prevenção e punição para aqueles que cometem agressão sexual em países como Rússia, Polônia, Coreia do Sul, Indonésia e Moldávia, bem como em alguns estados dos Estados Unidos.
Noboa tem amplo apoio no legislativo, que o apoiou na aprovação de diversos projetos de lei.

