"A família quer justiça", diz filho da vítima atropelada durante protesto no Recife
Filho de Gideone Sinfrônio, que segue internado no Hospital da Restauração, também revelou que o pai vivia o "momento mais feliz da vida"
Após a prisão preventiva do suspeito de atropelar dois homens durante um ato do Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST), no último dia 15 de abril, o filho de Gideone Sinfrônio de Menezes Filho, uma das vítimas do acidente, revelou que espera agora que a justiça seja feita.
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"Que ele [suspeito do atropelamento] pague pelo que fez. A família quer justiça", contou à Folha de Pernambuco.
De acordo o delegado titular da 4ª Delegacia de Polícia de Homicídios (DPH), Diego Jardim, que está à frente das investigações, o suspeito de ter atropelado os dois homens responderá pelos crimes de tentativa de homicídio e omissão de socorro e poderá receber uma pena de 10 a 20 anos.
"Momento mais feliz da vida"
Ainda segundo o filho da vítima do atropelamento, que preferiu não se identificar, o pai, de 67 anos, costumava participar das manifestações, mas sempre de forma pacífica.
"Fazia dois anos que ele estava com o movimento [MST], sempre ia para caminhadas como essa, que era totalmente pacífica", afirmou.
De acordo com ele, o pai já estava aposentado e vivia o momento "mais feliz" da vida. "Meu pai estava na fase mais feliz da vida. Muito alegre com sua terra [é agricultor] e tudo dando certo na família", relembrou.
Estado de saúde
O filho da vítima também atualizou o estado de saúde de Gideone. Segundo ele, o pai teve uma melhora no quadro, porém ainda segue em coma induzido.
"Ele está bem melhor. Está entubado ainda, passou por três cirurgias, mas agora o estado dele é bem melhor. O traumatismo craniano, até o momento, não vai precisar de intervenção cirúrgica", disse.
Em resposta à Folha de Pernambuco, o Hospital da Restauração (HR), local onde a vítima está internada, informou que o paciente segue internado e que o estado de saúde ainda é grave.

