Recife: morre idoso de 67 anos atropelado em protesto do MST; vítima estava internada no HR
Caso aconteceu na manhã do dia 15 de abril. A vítima é Gideone Sinfrônio de Menezes Filho
Morreu na noite dessa quinta-feira (23), no Hospital da Restauração (HR), na área central do Recife, o homem atropelado por um carro durante uma passeata do Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST).
O caso aconteceu na manhã do dia 15 de abril, nas imediações do Centro Comunitário da Paz (Compaz) Escritor Ariano Suassuna, na avenida Engenheiro Abdias de Carvalho, no bairro dos Torrões, Zona Oeste da Capital.
Na ocasião, Gideone Sinfrônio de Menezes Filho, de 67 anos, foi atingido e socorrido, inicialmente, para a Unidade de Pronto Atendimento (UPA) dos Torrões, e transferido ao HR, onde estava internado em estado grave.
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Em nota divulgada nas redes sociais, o MST Pernambuco comunicou a morte do idoso, conhecido como "Sapato". O óbito, que ocorreu às 19h4, também foi confirmado pela unidade de saúde e pelo filho da vítima.
"Sapato foi um exemplo de resistência e solidariedade. Sua partida é uma perda irreparável para o povo Sem Terra e para todos que o conheceram", destacou o comunicado.
Ainda na nota, o MST expressa o pedido de justiça para que o responsável pelo atropelamento seja devidamente punido.
O motorista, que não teve o nome divulgado, foi preso preventivamente em 22 de abril. Na época, ele foi autuado por tentativa de homicídio e omissão de socorro, com penas que podem variar de 10 a 20 anos.
"Nós conseguimos apurar que estava tendo um movimento pacífico, onde as faixas estavam interrompidas, e esse indivíduo preso no dia de ontem tentou passar pelo acostamento e foi impedido pelos manifestantes. E em um movimento descabido, ele acelerou e atropelou duas pessoas", afirmou o delegado titular da 4ª Delegacia de Polícia de Homicídios (DPH), Diego Jardim, na época da prisão.
Questionado sobre uma possível motivação política, o delegado explicou que ainda não existe comprovação suficiente para incriminá-lo por isso.
"Não conseguimos comprovar nenhuma relação de intolerância político-partidária ou contra o movimento agrário. O que percebemos foi uma atitude impulsiva, impensada e absurda que gerou toda essa tragédia", detalhou.
A reportagem da Folha de Pernambuco tenta contato com o Tribunal de Justiça do estado (TJPE) para atualização sobre a prisão do autor do crime.

