Sáb, 06 de Dezembro

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Rússia liberta bailarina condenada por traição

Ainda não há confirmação se a libertação de Ksenia Karelina faz parte de um acordo de troca de prisioneiros entre Washington e Moscou

Ksenia Karelina foi condenada a 12 anos de prisão na Rússia por traição Ksenia Karelina foi condenada a 12 anos de prisão na Rússia por traição  - Foto: AFP

A bailarina amadora russo-americana Ksenia Karelina, de 33 anos, condenada a 12 anos de prisão por "traição" na Rússia, foi libertada após mais de um ano presa e está a caminho dos Estados Unidos, anunciou nesta quinta-feira o secretário de Estado americano Marco Rubio na rede social X.

“Ksenia Karelina está em um avião voltando para casa nos Estados Unidos. Ela foi detida injustamente pela Rússia por mais de um ano, e o presidente Trump garantiu sua libertação”, afirmou Rubio. Ele acrescentou que a Casa Branca seguirá trabalhando pela libertação de todos os americanos detidos no exterior.

 

Segundo a rede CNN, ainda não há confirmação se a libertação de Karelina faz parte de um acordo de troca de prisioneiros entre Washington e Moscou.

Doação de 50 dólares
Karelina, de 33 anos, foi condenada em agosto de 2024 após ser acusada de traição por fazer uma doação de cerca de US$ 50 para uma organização americana que apoia a Ucrânia. O julgamento ocorreu em Ecaterimburgo, no mesmo tribunal que sentenciou o jornalista do Wall Street Journal, Evan Gershkovich, a 16 anos de prisão por espionagem.

A prisão de Karelina veio à tona em fevereiro de 2024, um mês após sua chegada à Rússia. Residente de Los Angeles, ela viajou ao país para visitar familiares, incluindo sua avó de 90 anos, com planos de retornar aos EUA após duas semanas.

Karelina foi acusada pelo Serviço Federal de Segurança da Rússia (FSB) de arrecadar dinheiro para uma organização ucraniana que fornecia armas ao Exército do país. Segundo o também jornal britânico Daily Mail, a doação teria sido para a Razom for Ukraine, uma instituição de caridade sediada em Nova York que fornece ajuda humanitária a crianças e idosos na Ucrânia. A entidade negou, na época, que forneça qualquer apoio militar a Kiev.

A bailarina foi presa durante uma visita familiar em janeiro de 2024, em Yekaterinburg, a cerca de 1,6 mil quilômetros a leste de Moscou, capital da Rússia.

Ksenia Karelina morava em Los Angeles, e se tornou cidadã americana em 2021. Os promotores pediram uma pena de 15 anos, no entanto, o tribunal a considerou culpada de alta traição e a sentenciou à prisão em uma colônia penal de regime geral pelo Tribunal Regional de Sverdlovsk, na cidade de Yekaterinburg.

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