Se houver uma guerra nuclear, Brasil escaparia? Depende de quem travar o conflito; entenda
Três países detêm, hoje, capacidade de alta destruição em uma possível guerra nuclear
Imagine um cenário em que as maiores potências militares do mundo decidem travar uma guerra nuclear. Diante disso, algumas perguntas se impõem: até onde esses mísseis podem chegar? O Brasil escaparia?
Segundo a Missile Threat, que reúne uma gama de informações e análises relacionadas à proliferação de armas aéreas, "mísseis balísticos e de cruzeiro, foguetes, artilharia e morteiros, além de sistemas de lançamento de mísseis hipersônicos de manobra, formam, agora, um complexo de ataques do século XXI com o qual os EUA, aliados e países parceiros precisam lidar".
Três países detêm, hoje, capacidade de alta destruição em uma possível guerra nuclear: Estados Unidos, Rússia e China.
Os EUA operam o míssil Minuteman III, com alcance de até 13 mil km, enquanto a Rússia mantém em seu arsenal o temido R-36 (SS-18 “Satan”), capaz de atingir até 16 mil km. Já a China tem o DF-41, que pode alcançar entre 12 e 15 mil km, além de ogivas nucleares.
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Em um cenário sem EUA, Rússia e China, veja a capacidade dos mísseis dos países que têm armas nucleares — incluindo Israel, que não confirma seu poderio bélico, e o Irã por estar participando de uma guerra.
Agora, veja o cenário com EUA, Rússia e China.
Irã x Israel
O Irã possui o “maior e mais diversificado arsenal de mísseis do Oriente Médio”, segundo o Missile Threat, com destaque para o Soumar, com alcance de até 3 mil km. Embora não tenha declarado armas nucleares, seus mísseis já representam ameaça direta a Israel, bases americanas no Golfo e até partes da Europa.
Israel, por sua vez, opera o míssil balístico de longo alcance Jericho 3, com até 6.500 km de alcance. “Israel possui um dos arsenais de mísseis tecnologicamente mais avançados do Oriente Médio” e conta com um sofisticado sistema de defesa antimíssil em camadas, desenvolvido em parceria com os EUA.
Ásia
Índia e Paquistão também mantêm arsenais nucleares operacionais. A Índia utiliza o Agni-III, com alcance de até 5 mil km, enquanto o Paquistão conta com o Shaheen 2, capaz de atingir até 2 mil km.
A Coreia do Norte, por sua vez, mantém seu programa baseado no míssil Hwasong-14, com até 10.400 km de alcance. Ainda de acordo com o Missile Threat, que é ligada ao Centro de Estudos Estratégicos e Internacionais, “a Coreia do Norte tem se apoiado, há décadas, em uma estratégia de segurança nacional baseada em capacidades assimétricas e armas de destruição em massa”.

