Suspeita de matar empresário tinha outro namorado; homem revelou à polícia que descobriu caso
Júlia Cathermol está foragida desde o dia 28 de maio; ela é acusada de matar o namorado Luiz Marcelo Ormond
Jean Cavalcante de Azevedo soube, pela televisão, que a namorada Júlia Andrade Cathermol Pimenta está foragida. Pelo noticiário, descobriu também que a mulher mantinha um relacionamento com Luiz Marcelo Antônio Ormond, e é considerada suspeita pela morte dele. Na tarde de segunda-feira, Jean foi à 25ªDP prestar depoimento, onde enfatizou não fazer ideia de que a namorada tinha uma vida paralela.
À polícia, Jean afirmou que namora Júlia há dois anos e que não desconfiava que era traído. Os dois teriam até viajado junto há poucos meses. Em depoimento na delegacia, no dia 22 de maio, Júlia negou que tivesse um relacionamento paralelo a Luiz Marcelo, enfatizando que os dois já estavam planejando um casamento.
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Júlia e Luiz Marcelo começaram a morar juntos no dia 19 de abril. Um mês depois, em 17 de maio, ela é vista no elevador do prédio onde moravam, no Engenho Novo, na companhia dele. Imagens de câmeras de segurança flagraram o momento, no qual é possível perceber que ele apresentava lentidão e até afirmava estar passando mal.
Três dias depois, em 20 de maio, o corpo dele é encontrado no sofá do apartamento em avançado estado de putrefação. Apesar do laudo cadavérico não estar pronto — pode levar até 30 dias — a polícia suspeita que Júlia o tenha envenenado com alta quantidade de analgésicos, colocados moídos em um brigadeirão.
Relembre o caso
Luiz Marcelo Antônio Ormond foi visto pela última vez em 17 de maio. Ele aparece, ao lado de Júlia Andrade, em filmagens de câmeras de segurança do elevador do prédio onde morava com ela, no Engenho Novo, Zona Norte. O corpo foi encontrado três dias depois, sentado sob um sofá e já em "avançado estado de putrefação".
A polícia suspeita que ela tenha envenenado o namorado com um brigadeirão, fato narrado por Suyany Breshark, presa e apontada como cúmplice de Júlia, a quem fazia trabalhos espirituais. Ela se apresenta como cigana e tem mais de 400 mil seguidores nas redes sociais. Aos agentes, disse que Júlia a confessou ter matado Luiz Marcelo com a sobremesa, que tinha mais de 60 comprimidos de um potente analgésico a base de morfina.
"Não to mais aguentando esse porco, esse nojento" teria dito Júlia à Suyany. No dia 18, a suspeita foi a Araruama entregar a ela o carro de Luiz Marcelo, avaliado em R$ 75 mil, que seria usado para quitar uma parte da dívida de R$ 400 mil.
"Ela (Júlia) me falou: esse carro era dele (Luiz Marcelo). Ele me deu. Eu tô te dando ele por setenta e cinco mil pra ir descontando da nossa dívida", disse Suyany à polícia.
Em entrevista ao Fantástico, o delegado Marcos Buss, responsável pelo caso, afirmou que o crime foi motivado por questões econômicas.
— Nós temos elementos que a Júlia estava em processo de formalização de uma união estável com a vítima. Mas, em determinado momento, o que nos parece, é que a vítima desistiu da formalização da união. Então isso até robustece a hipótese de homicídio e não de um latrocínio puro e simples, porque o plano inicial me parecia ser realmente eliminar a vítima depois que essa união estável estivesse formalizada.