Trump ameaça abandonar mediação se não houver acordo para acabar com guerra na Ucrânia
Trump se recusou a culpar o presidente russo, Vladimir Putin, que ordenou a invasão em larga escala da Ucrânia em fevereiro de 2022, ou seu homólogo ucraniano, Volodimir Zelensky.
O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, declarou, nesta sexta-feira (18), que seu país em breve "abandonará" a mediação para acabar com a guerra na Ucrânia se não houver progressos por parte de Kiev e Moscou.
O secretário de Estado americano, Marco Rubio, disse que Washington se afastará se a paz entre Moscou e Kiev não for "viável".
"Sim, muito em breve", respondeu Trump a repórteres no Salão Oval quando perguntado se confirmaria a declaração.
"Não há um número específico de dias, mas queremos que isso seja feito rapidamente", acrescentou.
Trump se recusou a culpar o presidente russo, Vladimir Putin, que ordenou a invasão em larga escala da Ucrânia em fevereiro de 2022, ou seu homólogo ucraniano, Volodimir Zelensky.
No entanto, insistiu em que ambos os lados precisam avançar.
Leia também
• Ucrânia e EUA assinam "memorando de intenção" sobre acesso a minerais
• Enviado de Trump diz que Putin quer acordo de 'paz permanente' com a Ucrânia
"Agora, se por algum motivo um dos lados dificultar muito, vamos simplesmente dizer: 'Vocês são idiotas. Vocês são uns idiotas. Vocês são pessoas horríveis', e vamos embora", disse Trump. "Mas espero que não tenhamos que fazer isso", acrescentou.
Antes de retornar ao poder em janeiro, Trump havia se gabado de ser capaz de acabar com a guerra na Ucrânia em 24 horas. Recentemente, ele alegou que estava sendo sarcástico.
A Ucrânia concordou com um cessar-fogo temporário completo e acusou a Rússia de tentar ganhar tempo para estar em uma melhor posição de negociação.
Trump surpreendeu a todos ao iniciar negociações diretas com Putin em fevereiro, logo após assumir o cargo.
Nesta sexta-feira, o presidente americano negou ter sido "enganado" pelo líder russo, que desmentiu que seu país fosse invadir a Ucrânia até o dia anterior ao ataque.
"Ninguém está brincando comigo, estou tentando ajudar", disse o magnata republicano.

