Zelensky diz que presença de Trump em negociações de paz na Turquia impulsionaria Putin a comparecer
Na segunda-feira, o presidente norte-americano pediu que Zelensky e Putin participassem das negociações, e disse que também estava "considerando" a possibilidade de viajar para a Turquia
O presidente ucraniano, Volodimir Zelensky, pediu nesta terça-feira (13) que Donald Trump participe das negociações entre Ucrânia e Rússia na Turquia, ao acreditar que isso levaria Vladimir Putin a fazer o mesmo.
Há dois dias, o Kremlin mantém o suspense sobre a possível presença de Putin nessas negociações, que constituiriam as primeiras conversas diretas entre Ucrânia e Rússia desde a invasão russa na primavera de 2022.
"Não conheço a decisão do presidente dos Estados Unidos. Mas, de qualquer forma, se ele confirmasse sua participação, acho que isso daria a Putin um impulso adicional para comparecer", disse o presidente ucraniano durante uma coletiva de imprensa nesta terça-feira em Kiev.
Leia também
• Trump exclui jornalistas de viagem presidencial para o Oriente Médio e gera críticas
• Kremlin se nega a comentar proposta de Zelensky de encontro com Putin em Istambul
• Trump considera viajar à Turquia para eventual negociação entre Rússia e Ucrânia
Ele também afirmou que "faria tudo" para marcar um encontro com Vladimir Putin, especificando que, de qualquer forma, planeja falar com o presidente turco, Recep Tayyip Erdogan, em Ancara na quarta ou quinta-feira.
Na segunda-feira, Donald Trump pediu que Zelensky e Putin participassem das negociações e explicou que também estava "considerando" a possibilidade de viajar para a Turquia.
Durante a coletiva de imprensa desta terça-feira, o presidente ucraniano expressou sua convicção de que seu homólogo russo não quer acabar com a invasão da Ucrânia.
"Acho que Putin não quer que a guerra acabe, ele não quer um cessar-fogo, ele não quer negociações", enfatizou.
Caso o presidente russo se recuse a participar, Zelensky pediu aos seus parceiros ocidentais que apliquem as sanções "mais fortes" já impostas contra Moscou.

