Advogado de Bolsonaro e deputados da oposição deixam o STF após maioria por condenação
Ministra Cármen Lúcia votou para responsabilizar Bolsonaro e outros sete réus na sessão desta quinta-feira (11)
Logo após a Primeira Turma do Supremo Tribunal Federal formar maioria para condenar o ex-presidente Jair Bolsonaro no caso da trama golpista, o advogado do ex-presidente e seus aliados deixaram o plenário do colegiado na tarde desta quinta-feira.
O criminalista Paulo Bueno saiu sem falar com a imprensa. Antes de começar a sessão, ele havia dito que esperava um voto pautado por "critérios técnicos e jurídicos" e confirmou a possibilidade de pedir prisão domiciliar ao ex-mandatário em razão do quadro de saúde delicado.
Leia também
• Onde o ex-presidente Jair Bolsonaro pode ficar após condenação no STF? Veja as opções
• Além da prisão: as restrições que Bolsonaro pode enfrentar com a condenação no STF
• Bolsonaro pode recorrer após condenação? Entenda as opções do ex-presidente
O defensor também afirmou que o voto do ministro Luiz Fux — o único da Primeira Turma a defender a absolvição de Bolsonaro — abre caminho para entrar com recursos em Cortes Internacionais por violação aos direitos humanos.
— Com certeza isso pavimenta ações nas Cortes Internacionais. São teses muita caras — disse ele.
A exemplo do advogado, os deputados da oposição tenente Zucco (PL-RS) e Evair de Melo (PL-ES), líder e vice-líder da oposição na Câmara, deixaram o STF. Antes, porém, criticaram o voto de Cármen Lúcia em entrevista a jornalistas.
— Eles acharam que nos enterraram, mas somos sementes. Fica registrado que a oposição vai trabalhar por uma anistia ampla e restrita — disse Zucco (PL-RS). — Nada de novidade. Não me entendam mal. É um teatro — afirmou ele.
— É um voto que mancha a história do país — acrescentou o deputado Evair.
Na noite da quarta-feira (10), a mesma dupla havia deixado o STF dizendo-se surpreendida e empolgada com o voto de Fux, a quem consideraram como "motivo de orgulho" do país. Para eles, o entendimento do ministro do Supremo dá fôlego para a tramitação da pauta de anistia.

