Bruno: "Péssimo momento é não andar”
Paulo Câmara já vinha batendo da tecla da necessidade de Temer andar pelo País e pelo Nordeste
Em mais de seis meses à frente do Palácio do Planalto, a gestão Michel Temer, além de trabalhar para driblar crises econômica, política e institucional, tem se concentrado em montar o governo. Entra ministro, sai ministro, até que os projetos de reforma começaram a andar e o presidente seguia parado, sem circular pelo País, como se o governo fosse para montar governo. O jejum deve ser quebrado, hoje, quando, o peemedebista desembarca, em Pernambuco, ainda durante a manhã, para visitar a Barragem de Jucazinho, em Surubim, e a estação de bombeamento da Transposição do São Francisco, em Floresta. O momento não é o mais propício, considerando a reação da sociedade à impopular reforma da previdência, enviada, recentemente, ao Congresso Nacional. Mas o ministro das Cidades, Bruno Araújo, resume a lógica vigente: "Péssimo momento é não andar. Não tem coisa pior do que não andar. Não tem momento bom ou ruim para isso". O tucano é um dos que acompanham o peemedebista a Pernambuco. Ainda segundo ele, originalmente, a ideia seria uma programação mais extensa. No entanto, houve uma decisão de "fatiar" a agenda para que Temer possa passar mais vezes pelo Nordeste. O roteiro do presidente tem a ver com alguns itens específicos da Carta do Recife, assinada pelos governadores do Nordeste e divulgada no último dia 26, após encontro capitaneado por Paulo Câmara. Entre as prioridades apresentadas no documento, estavam: "ações de convivência com a seca e a retomada da Transposição do Rio São Francisco e demais obras hídricas", além de "liberação de empréstimos" e "fortalecimento do Banco do Nordeste e do Fundo Constitucional do Nordeste". Saindo de Pernambuco, Temer, inclusive segue para Fortaleza, onde irá, exatamente, ao BNB.

