Bruno será o homem de Doria dentro do PSDB
João Doria, prepara-se para assumir o controle do PSDB a partir de maio quando se encerrará a gestão do atual presidente Geraldo Alckmin
Mais forte liderança política do país depois de Bolsonaro, o governador de São Paulo, João Doria, prepara-se para assumir o controle do PSDB a partir de maio quando se encerrará a gestão do atual presidente Geraldo Alckmin. Doria já fez a indicação do deputado estadual Marco Vinholi para dirigir o diretório paulista e está indicando também o deputado federal (em final de mandato) Bruno Araújo para dirigir o diretório nacional. O primeiro tem 32 anos de idade o segundo 46. Eles serão os “homens de Doria” dentro do partido, já que a geração que ajudou a fundá-lo encontra-se fora de combate - o ex-presidente FHC, os senadores José Serra, Aloísio Nunes e Aécio Neves, etc.
Doria precisa do controle do partido a fim de garantir-se como seu candidato a presidente da República - ou na sucessão de Bolsonaro ou quatro anos depois. E ter um aliado no seu comando é tudo que deseja no momento. O governador é favorável a que os tucanos integrem a base de apoio ao governo federal, mas sua aliança com Bolsonaro tem prazo de validade: até o dia em que o presidente da República tiver com a popularidade em alta. Se Bolsonaro cair em desgraça por erro na condução da economia ou em decorrência das trapalhadas do filho, Flávio, Doria fará com ele o mesmo que fez com Alckmin.
Pelo Norte e o Nordeste
Delegado Pablo (PSL), deputado federal eleito pelo Amazonas com mais de 8,6% dos votos válidos, vai propor na Câmara a criação de uma Frente Parlamentar em Defesa do Norte e do Nordeste. É para tentar compensar, segundo ele, o fato de o presidente Bolsonaro não ter convidado ninguém dessas duas regiões para o primeiro escalão do seu governo.
A ponte - Durante reunião, ontem, com 17 dos 25 novos deputados federais pernambucanos, o governador Paulo Câmara admitiu que Luciano Bivar (PSL) será o “ponta de lança” do seu governo, servindo de interlocutor entre o Palácio das Princesas e o Palácio do Planalto.
Caixa forte - Bruno Araújo (PSL) vai administrar um fundo superior a R$ 200 milhões, nas eleições municipais do próximo ano, caso tenha o seu nome confirmado para a presidência nacional do PSDB. Ano passado, só de fundo partidário o PSDB levou R$ 185 milhões.
A extinção - Extinguir os fundos partidário e eleitoral é uma das promessas de campanha do candidato do Novo a presidente da Câmara Federal, Marcel van Hatten (RS), que vai entrar na disputa mesmo sem ter chance. Se esses fundos forem extintos, a bancada pernambucana quebra.
O atraso - Bolsonaro disse ontem em Davos (Suíça) o que deveria ter dito um mês atrás: que se seu filho, Flávio (PSL), senador eleito pelo RJ, tiver culpa no cartório, pagará por ela. Tivesse feito isso antes, a crise não teria tomado a dimensão que tomou, nem contaminaria o seu governo.
O confronto - Pela 1ª vez, desde a morte de Eduardo Campos, confrontaram-se no PSB o governador Paulo Câmara e o presidente nacional Carlos Siqueira. Este diz que o partido não apoiará Rodrigo Maia para presidente da Câmara, “de jeito nenhum”, e está vencendo a parada, Apesar de o governador torcer pelo atual presidente.

