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POLÍTICA

Carlos, Eduardo, Pacheco, Pazuello: veja nomes que irão depor em julgamento da trama golpista

Ao todo, foram marcadas 118 audiências com indicados tanto pela Procuradoria-Geral da República (PGR) quanto pelas defesas dos réus

O ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF)O ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF) - Foto: Gustavo Moreno/STF

O ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal ( STF), marcou para o próximo mês as audiências das testemunhas do chamado núcleo dois da trama golpista.

Entre os indicados para serem ouvidos no caso estão o deputado federal licenciado Eduardo Bolsonaro (PL-SP) e o vereador Carlos Bolsonaro (PL-RJ), filhos do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL). Os dois foram incluídos na lista de depoentes a pedido da defesa de Filipe Martins, ex-assessor de Bolsonaro.

Veja abaixo outros nomes:

Eduardo Bolsonaro (deputado do PL-SP);

Carlos Bolsonaro (vereador do PL-RJ);

Marco Antônio Freire Gomes (ex-comandante do Exército);

Carlos de Almeida Baptista Júnior (ex-comandante da Aeronáutica);

Gonçalves Dias (ex-ministro);

Onyx Lorenzoni (ex-ministro);

Rodrigo Pacheco (senador do PSD-MG);

Eduardo Girão (deputado do Novo-CE);

Marcel van Hattem (deputado do Novo-RS);

Eduardo Pazuello (deputado do PL-RJ);

Hélio Lopes (deputado do PL-RJ);

Clebson Ferreira de Paula Vieira (ex-integrante do Ministério da Justiça);

Adiel Pereira Alcântara (ex-coordenador da PGR).

Ao todo, foram marcadas audiências com 118 testemunhas indicadas tanto pela Procuradoria-Geral da República (PGR) quanto pelas defesas dos réus. Elas vão ocorrer entre os dias 14 de julho e 21 de julho.

O núcleo dois da suposta organização criminosa que teria tentado um golpe de Estado é formado, além de Filipe Martins, pelo ex-diretor-geral da Polícia Rodoviária Federal (PRF) Silvinei Vasques, pelo general da reserva Mario Fernandes, pelo ex-assessor de Bolsonaro Marcelo Câmara e pelos ex-diretores do Ministério da Justiça Marília Alencar e Fernando Oliveira. Os seis se tornaram réus em abril por decisão da Primeira Turma do STF.

O tenente-coronel Mauro Cid, ex-ajudante de ordens de Bolsonaro que é réu no primeiro núcleo, será ouvido como informante. O militar fechou um acordo de delação premiada.

As audiências começarão com as testemunhas de acusação, as mesmas do primeiro núcleo. A PGR, contudo, já pediu a dispensa da maioria delas e a manutenção de apenas duas: Clebson Ferreira de Paula Vieira, ex-integrante do Ministério da Justiça, e Adiel Pereira Alcântara, ex-coordenador da PGR.

Apesar da dispensa como testemunhas de acusação, os ex-comandantes Marco Antônio Freire Gomes (Exército) e Carlos de Almeida Baptista Júnior (Aeronáutica) devem voltar a serem ouvidos, agora como testemunhas de defesa de Filipe Martins.

Entre as testemunhas de Martins, também estão os ex-ministros Gonçalves Dias e Onyx Lorenzoni, os senadores Rodrigo Pacheco (PSD-MG) e Eduardo Girão (Novo-CE) e os deputados federais Marcel van Hattem (Novo-RS), Eduardo Pazuello (PL-RJ) e Hélio Lopes (PL-RJ).

Prazos para julgamento
Na sexta-feira (27), Moraes abriu prazo para a apresentação das alegações finais na ação do núcleo que reúne Bolsonaro e sete aliados acusados de participar da suposta tentativa de golpe. Agora, a Procuradoria-Geral da República (PGR) terá 15 dias para apresentar seu posicionamento, que poderá ser de absolvição ou condenação dos oito réus. Depois, será a vez do tenente-coronel Mauro Cid apresentar suas alegações, no mesmo prazo.

Em seguida, os outros sete acusados protocolam seu posicionamento também em até 15 dias. Como um dos réus está preso (o ex-ministro Walter Braga Netto), os prazos processuais não serão paralisados no recesso do Judiciário, que ocorre em julho. Se considerado o cálculo de 45 dias para as alegações finais de todas as partes, o julgamento de Bolsonaro pode ocorrer no fim de agosto ou início de setembro.

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