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Justiça

"Como todas as pessoas, tem direito à ampla defesa", diz presidente do STF sobre Silvio Almeida

Ministro dos Direitos Humanos foi demitido após denúncias de assédio sexual

Presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), ministro Luís Roberto BarrosoPresidente do Supremo Tribunal Federal (STF), ministro Luís Roberto Barroso - Foto: Valter Campanato/Agência Brasil

O presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), ministro Luís Roberto Barroso, disse que irá aguardar a defesa do ex-ministro dos Direitos Humanos, Silio Almeida, e o andamento dos fatos na Justiça para comentar sobre as denúncias de assédio sexual contra o titular. Almeida foi demitido na noite passada por Lula, após acusações serem reveladas na quinta-feira.

--- Tem que esperar... a parte política já passou com a demissão. E agora, como todas as pessoas, (Silvio Almeida) tem direito à ampla defesa e depois se fará a justiça --- declarou Barroso após o desfile de Sete de Setembro, em Brasília.

O ministro Silvio Almeida foi demitido nesta sexta-feira após a organização Me Too Brasil afirmar ter recebido denúncias de assédio sexual contra ele, que nega as acusações.

Em nota, o Palácio do Planalto afirmou que o chefe do Executivo "considera insustentável a manutenção do ministro no cargo considerando a natureza das acusações". O caso está sendo investigado pela Polícia Federal e pela Comissão de Ética da Presidência da República.

A saída foi confirmada após reunião com Lula no Palácio do Planalto e publicada em edição extra do Diário Oficial da União. Ele é o quinto integrante do primeiro escalão a deixar o governo desde o início do mandato.

"Diante das graves denúncias contra o ministro Silvio Almeida e depois de convocá-lo para uma conversa no Palácio do Planalto, no início da noite desta sexta-feira (6), o presidente Lula decidiu pela demissão do titular da Pasta de Direitos Humanos e Cidadania", informou o governo.

Após a divulgação das acusações, o agora ex-ministro disse em comunicado tratar-se de "ilações absurdas". Ele acrescentou ter acionado a Controladoria-Geral da União (CGU), o Ministério da Justiça e Segurança Pública e a Procuradoria-Geral da República (PGR) para que apurem caso.

Almeida também apresentou uma interpelação na Justiça contra a Me Too Brasil para que esclareça quais os procedimentos adotados pelo grupo antes de divulgar a denúncia contra ele.

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