Defesa de Anderson Torres diz ao STF que denúncia da PGR sobre trama golpista é "obra de ficção"
Os advogados chamam a denúncia da PGR de "obra de ficção", "fruto de um roteiro imaginário" e fazem alusão a uma "caça às bruxas"
Os advogados do ex-ministro da Justiça e ex-secretário de Segurança Pública do Distrito Federal pediram a rejeição da denúncia enviada no mês passado pela Procuradoria-Geral da República (PGR) ao Supremo Tribunal Federal (STF).
Os advogados chamam a denúncia da PGR de "obra de ficção", "fruto de um roteiro imaginário" e fazem alusão a uma "caça às bruxas". Os advogados ainda dizem que a PGR agiu "de forma irresponsável" ao dizer que Torres admitiu a participação na live em que Bolsonaro propagou ataques às urnas eletrônicas.
"A denúncia em face de Anderson Torres é fruto de um roteiro imaginário, uma verdadeira obra de ficção. Felizmente, nos dias atuais, entendemos que existe espaço para discussão racional de tema tão sensível”, diz a defesa.
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Os defensores de Anderson Torres também dizem que a PGR "não foi capaz de elencar provas contundentes para a sustentação da imputação criminal em relação a Anderson Torres".
A PGR denunciou no dia 18 de fevereiro o ex-presidente Bolsonaro e mais 32 pessoas, inclusive ex-ministros de seu governo e militares de alta patente, por participação em uma trama golpista para mantê-lo no poder após ser derrotado por Lula nas eleições de 2022.
Os denunciados são acusados de cinco crimes: organização criminosa armada, golpe de Estado, tentativa de abolição do estado democrático de direito, dano qualificado pela violência e grave ameaça contra patrimônio da União e deterioração de patrimônio tombado.

