Defesa de Bolsonaro afirma que não há "qualquer indício" de que ele pudesse fugir do Brasil
Advogados consideraram restrições impostas por Moraes ao ex-presidente sem justificativa
Os advogados do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) criticaram nesta sexta-feira medidas impostas contra ele pelo ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal ( STF), e afirmaram que não há "qualquer indício" de que ele pudesse fugir do Brasil.
Em comunicado, a equipe de defesa de Bolsonaro ainda questionou a proibição de contato com um dos seus filhos, o deputado federal licenciado Eduardo Bolsonaro (PL-SP), alegando que esse é um "direito tão natural quanto sagrado".
Os advogados Celso Vilardi, Paulo Amador da Cunha Bueno e Daniel Tesser também alegaram que Bolsonaro "sempre compareceu a todos os atos", sem "causar qualquer embaraço ou atraso", e que por isso as restrições não seriam necessárias.
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A defesa ainda afirma que espera que o ex-presidente tenha um "julgamento justo e pautado exclusivamente pela presunção de inocência".
Por determinação de Moraes, Bolsonaro teve que colocar tornozeleira eletrônica e terá que ficar em casa de noite e nos fins de semana. Além disso, está proibido de utilizar redes sociais e de ter contato com outros investigados, inclusive Eduardo.
As medidas foram determinadas devido à suspeita de que o ex-presidente e o seu filho cometeram os crimes de obstrução de Justiça, atentado à soberania e coação no curso do processo. Os dois são suspeitos de atuarem para que o governo dos Estados Unidos pressione o Brasil, em troca do fim da ação da trama golpista.

