Sex, 05 de Dezembro

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Política

Dino prepara julgamento sobre emendas no plenário do STF após Câmara aprovar PEC da Blindagem

Ministro do STF determina manifestações de PGR e AGU em ações sobre emendas Pix e execução obrigatória de recursos

Dino prepara julgamento sobre emendas no plenário do STF após Câmara aprovar PEC da BlindagemDino prepara julgamento sobre emendas no plenário do STF após Câmara aprovar PEC da Blindagem - Foto: TV Justiça/Reprodução

O ministro Flávio Dino, do Supremo Tribunal Federal ( STF), determinou que a Procuradoria-Geral da República ( PGR) e a Advocacia-Geral da União ( AGU) apresentem manifestações em três ações que discutem regras das emendas parlamentares. Após os pareceres, as ações serão liberadas para serem julgadas no plenário do STF. 

A determinação de Dino ocorreu um dia após a Câmara dos Deputados aprovar a Proposta de Emenda à Constituição (PEC) da Blindagem, que dificulta a prisão e a abertura de ações penais contra deputados e senadores, dando ao Legislativo a prerrogativa de decidir se um congressista será réu ou não por meio de uma votação secreta.

Duas dessas ações tratam sobre as transferências especiais, conhecidas como emendas Pix, quando o recurso é enviado diretamente para o município. Elas foram apresentadas pela Procuradoria-Geral da República (PGR) e pela Associação Brasileira de Jornalismo Investigativo (Abraji). A terceira é sobre a execução obrigatória das emendas e foi protocolada pelo PSOL. 

"Com vistas à inclusão das presentes ações na pauta de julgamento do Plenário do STF, reitero a determinação (...) para que a Advocacia-Geral da União e a Procuradoria-Geral da República se manifestem, sucessivamente, cada qual no prazo de 15 (quinze) dias (...), acerca do mérito das ações diretas", escreveu o ministro, em despacho desta quarta-feira. 

Além desses três processos, apresentados no ano passado, Dino também é o relator de uma ação mais antiga, na qual o STF declarou a inconstitucionalidade das emendas de relator, que ficaram conhecidas como orçamento secreto. 

Como relator dessas quatro ações, o ministro tem proferido uma série de decisões exigindo transparência na aplicação dos recursos e, em alguns casos, suspendendo pagamentos. A última desse tipo ocorreu na segunda-feira, quando foram paralisadas emendas Pix enviadas a nove municípios, após a Controladoria-Geral da União (CGU) apontar suspeitas de irregularidades.

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