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EDUCAÇÃO

"Diploma cada vez tem menos relevância", diz Tarcísio às vésperas do 2º dia de prova do Enem

"O mercado está cada vez mais interessado em saber quais são suas habilidades e menos onde você se formou.", disse o governador

Governador de São Paulo, Tarcísio de FreitasGovernador de São Paulo, Tarcísio de Freitas - Foto: Gabriel Silva/Raspress/Estadão Conteúdo

O governador Tarcísio de Freitas (Republicanos) disse nesta quinta-feira, 13, que o mercado está cada vez mais "desapegado" do diploma. Na opinião do governador, a formação no ensino superior está perdendo a importância. "O diploma cada vez tem menos relevância", defendeu ele durante evento sobre a expansão do Ensino Médio Técnico nas escolas do Estado.

"O mercado está cada vez mais interessado em saber quais são suas habilidades e menos onde você se formou."

Ele ainda afirmou que as habilidades valorizadas atualmente - e que possibilitam ascender profissionalmente - são: dominar o português, "saber transformar problemas grandes em problemas menores", falar outros idiomas.

"Você consegue se comunicar, você se comunica bem? Porque bom gerente é aquele que se comunica 90, 95% do tempo dele."

A declaração foi dada às véspera do segundo dia de prova do Enem, que ocorre neste domingo, 16, quando 5 milhões de jovens buscam uma vaga na universidade.

Apesar do ensino técnico ser uma alternativa defendida por muitos especialistas para uma formação mais atrelada ao mercado e para aproximar o jovem do ensino médio, há consenso de que o Brasil ainda precisa aumentar o número de formados em universidades.

A porcentagem de adultos brasileiros com ensino superior é de cerca de 24% (faixa etária de 25 a 64 anos), significativamente menor que a média de 49% de países desenvolvidos, membros da OCDE.

Segundo o relatório Education at a Glance (EaG) 2025, da Organização para a Cooperação e o Desenvolvimento Econômico (OCDE), que reúne as principais e mais ricas economias do mundo, ter um diploma de ensino superior aumenta as chances de ter um emprego e melhores salários, que chegam a mais que o dobro daqueles que têm formação até o ensino médio.

Os dados mostram que brasileiros de 25 a 64 anos que concluem o ensino superior ganham, em média, 148% a mais do que aqueles que têm ensino médio. Essa diferença é maior do que a média dos países da OCDE, que é de um salário médio 54% maior.
 

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