Favorito ao STF, Messias chega à posse de Boulos com Gilmar e conversa sobre crise no Rio
Antes de ir ao Planalto, Gilmar Mendes criticou a operação policial no Complexo da Penha e do Alemão durante sessão plenária do STF
Favorito do presidente Luiz Inácio Lula da Silva a vaga aberta no Supremo Tribunal Federal, o ministro da Advocacia-Geral da União, Jorge Messias, chegou à posse do ministro da Secretaria-Geral da Presidência, acompanhado do ministro Gilmar Mendes, do STF.
Ambos conversaram rapidamente sobre a crise de segurança do Rio de Janeiro, agravada após a operação policial contra o Comando Vermelho deixar 119 mortos na cidade.
Gilmar Mendes foi único ministro do STF a comparecer à posse de Boulos. Após a cerimônia, o magistrado foi ao gabinete de Lula falar com o presidente e cumprimentou Boulos.
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Antes de ir ao Planalto para a posse de Boulos, Gilmar Mendes criticou a operação policial no Complexo da Penha e do Alemão durante sessão plenária do STF. O ministro classificou a ação de "episódio lamentável":
— A toda hora vivemos situações de ações policiais que causam danos às pessoas ou mesmo a morte de várias pessoas, como acabamos de ver nesse lamentável episódio do Rio de Janeiro. De modo que me parece que devemos todos estar atentos à criação de uma jurisprudência que reconheça a necessidade ações policiais, mas que ao mesmo tempo não comporte abusos e muito menos as violações de direitos fundamentais — pontuou.
Nesta terça-feira, uma megaoperação policial realizada nos complexos do Alemão e da Penha, na Zona Norte do Rio de Janeiro, resultou em ao menos 119 mortos e 113 presos, tornando-se a ação mais letal da história do estado e do país, superando o massacre do Carandiru, em 1992.

