Sáb, 20 de Dezembro

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RELATO

Janja cita "revelação" ao contar que se sentiu confortável e 'bem acolhida' em igrejas evangélicas

Primeira-dama participou de em um culto na igreja batista The Abyssinian Baptist Church, no bairro do Harlem, em Nova York, no domingo

Primeira-dama Rosângela Silva, a Janja, busca aproximação com eleitores evangélicosPrimeira-dama Rosângela Silva, a Janja, busca aproximação com eleitores evangélicos - Foto: Instagram @janjalula/Reprodução

A primeira-dama Rosângela da Silva, a Janja, disse estar passando por um momento de "revelação" ao participar de encontros com mulheres evangélicas e se "sentir confortável nesses ambientes e muito bem acolhida". A declaração ocorreu em entrevista, junto ao presidente Luiz Inácio Lula da Silva, no podcast Papo Crente.

A movimentação coincide com uma agenda de aproximação de Janja ao público evangélico no Brasil, segmento mais resistente ao governo petista e alinhado à direita.

— Conversando com algumas pessoas mais próximas, eu senti a necessidade de a gente entender como as políticas públicas do governo Lula têm chegado e afetado principalmente as mulheres das periferias e as mulheres negras — disse ao podcast exibido na semana passada. — Para mim, tem sido realmente um momento de revelação por me sentir confortável nesses ambientes e muito bem acolhida.

No domingo, Janja participou de um culto na igreja batista The Abyssinian Baptist Church, no bairro do Harlem, em Nova York.


"Agradecida por esse domingo de louvor e muito simbolismo em uma igreja história. As palavras do Reverendo Kevin sobre a importância de não nos silenciarmos sobre tudo que temos vivido no mundo me tocaram profundamente", escreveu Janja em publicação nas redes.

Durante o culto, a primeira dama foi apresentada como "convidada especial" pelo Reverendo e aplaudida pelos fiéis presentes, que também cumprimentaram integrantes da delegação brasileira que a acompanhava. O líder religioso também explicou que eles estavam em Nova York para participação na Assembleia Geral da Organização das Nações Unidas (ONU) nesta segunda-feira.

Aproximação com evangélicos
O primeiro dos encontros de Janja aconteceu no Rio de Janeiro em julho, na Igreja Batista de São Cristovão, com a presença da ministra da Igualdade Racial, Anielle Franco. À época, Janja decidiu buscar uma aproximação com mulheres religiosas, mesmo diante de desgastes vinculados à sua imagem.

Dados da pesquisa Datafolha de junho mostravam que, para 36% dos brasileiros, as ações da primeira-dama mais atrapalhavam que ajudavam o governo, enquanto 14% tinham a percepção oposta: de que as atitudes de Janja mais contribuíam para a gestão do petista.

Os resultados da pesquisa mais recente de avaliação do governo, divulgados pela Quaest na semana passada, mostraram que Lula segue mais desaprovado (61%) do que aprovado (35%). No entanto, a diferença entre os dois indicadores (21 pontos percentuais) é menor registrada desde julho (41 pontos percentuais).

Atuação em NY
Na quarta-feira, Janja viajou para Nova York cinco dias antes de Lula para participar como enviada especial para mulheres da COP30. A primeira-dama está atualmente hospedada na residência oficial do representante permanente do Brasil na Organização das Nações Unidas (ONU), embaixador Sérgio Danese, onde o petista também ficará quando chegar aos Estados Unidos.

Janja voou na aeronave da Força Aérea Brasileira (FAB), que levou o grupo de servidores que chegam ao destino com antecedência para preparar as agendas de Lula. A maior parte dos compromissos da primeira-dama na cidade envolve discussões sobre a interlocução entre gênero e clima para a COP30.

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